sábado, 16 de dezembro de 2017

POEMA PARA O AMADO




Queridos irmãos e irmãs

Hoje convidamos você a abrir a página "Eventos" para ver nossa Mensagem de Natal e também o Convite para uma Profissão Solene no próximo dia 7 de janeiro.

Abaixo partilhamos a colaboração de uma amiga:


"Meu Senhor, sei que levarás os que amas para um belo jardim e, lá com os seus amados passeará numa terra sem confins. Juntos dançarão, cantarão belas melodias, colherão flores perfumadas e se ornarão em infinita alegria...


Ah, meu Esposo, como espero pelo dia em que só Teus serão os meus olhares, só tua a minha vida, um só coração, uma só alma, uma Contigo.


Espero ansiosamente pelo dia em que a minha débil humanidade não mais te ferirá, pois já não existirá... Já não se digladiarão dentro, em mim, as duas essências que não se casam, não se misturam, pois, eu sei, Tu vencerás...


Serei quem eu sou, serei aquilo que sonhastes e modelastes, criatura e obra de tuas mãos. Sem defeito, viverei pra agradar-Te.


Espero pelo dia em que meu falar e meu cantar soarão aos Teus ouvidos como a mais doce melodia de uma eterna canção de amar, e o Teu falar e o Teu cantar inebriarão para sempre a minha alma incontida, abrasada, tomada pelo mais puro Amor.


Oh, mal posso esperar... O Céu é logo, por isso, rogo, ajuda-me a aqui começar, a sempre caminhar, mesmo que devagar, ou ainda, a levantar sempre que precisar.


Só te peço, Amado meu, dá-me a graça de tudo suportar, de já aqui Te agradar, de por Ti me derramar e de não te deixar.


De Te amar com todas as minhas forças e com toda a minha alma e pelos Teus me dar. Fraca sou para cair e Te deixar, para me desesperar, e de Ti desviar o meu olhar.


Mas a quem recorrerei? Tu me criaste e me conheces, sabes bem as minhas preces, meus anseios e temores. Sabes que quando caio é a Ti que conto as minhas dores, minhas fraquezas e ruínas.

E num reconciliar Tu me abraças e me amas, me acolhes e me inflamas para, de novo, recomeçar. Me diz, então, para já não ir por este lado, pois faz mal ao meu Amado, existe perigo por lá.


Então Tu me dás a força, jorra em mim a esperança, e tal como uma criança torno a confiar em Ti. Me lembras sempre dos meus passos, dos caminhos, do cansaço, e das batalhas que passamos para chegarmos até aqui. Mostra-me as veredas, tremem meus passos, dizes, confia! Guia-me à luz, me encoraja, é por aqui.


Me lembras sempre do Amor, que na dor me consolou, e quando eu não mereci, ainda assim, me abraçou. Me perdoe, sou ingrata. Meu amor, como minha memória é ruim, És sutil quando me lembras que naquela Cruz também estavas por mim.

Quem és Tu que tanto amo, mas Te ofendo e Te firo? Não te cansas dos açoites, dos golpes que eu te dirijo? Quem és Tu que a mim retornas? Parece que em mim acreditas, tantas vezes te desprezo e de chances não me limitas...
Quem és Tu a quem ninguém vence no amar? Quanto maior a ferida, parece que maior a fonte a jorrar.

Foi Teu Amor quem me atraiu, em nenhum outro pude encontrar tão perfeita beleza, que me inebria e me faz de Ti transbordar. Cativa sou do Teu Amor, Amado meu, do Teu querer. Encerra-me em Ti, conquista-me, arrasta-me.

Teu olhar olha para minha fraqueza, que encontra Tua força. Teu Amor atrai minha miséria que encontra Tua misericórdia. Tua Paixão rompe as cadeias das minhas paixões e me dá o perdão e a liberdade de ser quem eu sou, minha essência. Como não te amar?

Em Ti está o meu repouso, também em Ti a minha paz, que nem sempre tão serena em Ti mesmo se refaz. Esconde-me na ferida de Amor que eu mesma Te fiz, guarda-me aí, protege-me das vozes que querem a Tua confundir.

Oh Esposo meu, temos sedes que se completam, se confundem. A Tua, de ser amado, a minha, de amar-Te, corresponder-Te... Amar-Te, ser-Te fiel, eis o meu desejo mais profundo.

Meu desejo perfeitamente real será quando o grande dia chegar, e para o belo Jardim nos levar. Cheio de florezinhas estará, as que plantaste para na colheita tomar. Amado de minha alma, imagino que Teu nome deve ser o da mais bela flor, se pudesse escolher, chamar-Te-ia Amor!




domingo, 3 de dezembro de 2017

QUE BOM SE ESTÁ CONTIGO, SENHOR!

Queridos irmãos e irmãs

Hoje, 1º domingo do Advento, partilho convosco esta colaboração de uma pessoa amiga:

Que bem se está contigo, Senhor!

Que bem se está contigo, Senhor, junto ao Sacrário!
Que bem se está! Porque não venho mais?
Há muitos anos que venho aqui, dia após dia,
E aqui, solitário Amor, sempre Te encontro,
Pobre, escondido, pensando em mim, teu filho!
Tu não me dizes nada, e eu nada Te digo...
Se Tu sabes tudo, que diria?
Sabes das minhas penas e alegrias,
Sabes que venho a Ti de mãos vazias,
Que nada tenho de meu que a Ti te sirva...
Sempre que venho aqui, estás sozinho!
Não saberá ninguém que estás aqui?
Só sei que, ainda que ninguém Te visitasse,
Ninguém Te amasse, ninguém Te agradecesse,
Aqui estarias Tu à minha espera!
Porque não venho mais?  Que cego estou, que cego!
Se sei tão bem que, quando saio,
Vou melhor, vou mudado!
Aonde vou, meu Deus, quando ao meu Deus não venho?
Se Tu me esperas sempre! Se sempre a Ti eu tenho!
Se nunca me negaste o teu Amor!
Porque não virei mais vezes, se ao Teu lado 
Posso encontrar, meu Deus, o que mais vou buscando,
Minha luz, minha força, minha paz, sumo e único Bem?
Se nunca eu sofri, se jamais eu chorei,
Sem que comigo Tu chorasses também!
Porque não virei mais vezes, Jesus, ao Teu Sacrário?
Se o estás desejando e eu tanto preciso!
Se sei que não sou nada quando não estou Contigo,
Se aqui me ensinarás a ciência dos santos,
Como aqui a buscaram e aprenderam tantos
Que foram Teus amigos e já gozam de Ti!
Porque não virei mais, se eu sei que és o modelo
Único e necessário?
Que nada me é custoso pondo os olhos em Ti?
O Sacrário é a cela onde estás encerrado:
Que pobre, que obediente, que manso, que calado,
Que só, que escondido!  Ninguém repara em Ti!
Porque não virei mais vezes?  Ó Bondade infinita,
Riqueza inestimável que nada necessita,
E se humilha levando-Te a mendigar o meu amor!
Abre-me já a porta, aí seja a minha vida,
Esquecido eu por todos, e a todos escondida!
Que bem se está aqui!  Que bem se está Contigo!!!


Amén!

sábado, 18 de novembro de 2017

"NAS MÃOS DE DEUS"

Queridos irmãos e irmãs

Transmito hoje para vocês essa bela reflexão sobre o abandono da nossa vida nas mãos providentes de Deus.

NAS MÃOS DE DEUS’

“Sois o Senhor! Faz de mim o que for do Vosso agrado! (1Sm 3,18)
Na vida de cada criatura há sempre sofrimentos suficientes para uma purificação radical, escolhidos e dispostos por Deus segundo as necessidades e situações de cada um.

Infelizmente, poucos são os que se aproveitam deles, porque poucos são os que sabem reconhecer neles a mão divina que os quer purificar. Poucos se deixam conduzir por Deus, desfazer e refazer, segundo o Seu beneplácito divino!

A maioria pretende chegar à união divina conforme seus planos e pontos de vista.

“Meu filho, (adverte o Espírito Santo em Eclo 2, 1.4.6) – se entrares para o serviço de Deus, prepara-te para a tentação. Aceita tudo o que te enviar, e nas tuas dolorosas vicissitudes, tem paciência...Confia n’Ele e te protegerá, anda no reto caminho e espera n’Ele”.

Nunca nos persuadiremos demais de que a “via reta”, para chegar a Deus e à santidade, é o que é fixado pelo próprio Deus e não o escolhido segundo o nosso modo de ver. Ou o homem se santifica segundo o critério de Deus ou jamais se santificará. Ou se deixa levar por Ele, ou jamais alcançará a meta.

“Há muitos que desejam passar adiante e muito continuamente pedem a Deus os traga e conduza a este estado de perfeição (união com Deus). Mas quando Deus quer começar a levá-los pelos primeiros trabalhos e mortificações conforme para isso é necessário, não aceitam sofrê-los e furtam o corpo, fugindo do caminho estreito da vida para buscarem a via larga do seu próprio consolo” (S.João da Cruz, Chama 2,27). Preferem caminhar a seu modo e Deus, que não violenta a liberdade humana, deixa-os na mediocridade.

Nas situações penosas da vida – incompreensões, insucessos, infortúnios, ambientes difíceis – fujamos da tentação de raciocinar se são justa ou injustas, de atribuí-las à malícia de outrem, ou indagar os motivos. Ao contrário: havemos de, com o puro olhar da fé, ver em tudo a mão de Deus, que prova sua criatura para purificá-la.

Pela profunda fé, Jó, ao anúncio da perda dos bens e dos filhos “cai por terra em adoração dizendo: O Senhor o deu, o Senhor o tirou, bendito seja o nome do Senhor” (Jo, 1,20-21).

Também mais tarde, entre trevas e angústias, ao se lamentar, protestando sua inocência, reconhecerá pela fé que Deus, permitindo, embora, sofrimentos inexplicáveis, é sempre justo e sábio e não é lícito ao homem indagar a conduta divina: “Não é Deus homem como eu, com quem eu possa discutir” (Jo, 9,32).
Cessará enfim a prova, quando se abandonar aos misteriosos desígnios de Deus, renunciando a todo o raciocínio e defesa pessoal.

Motivos mais altos tem ainda o cristão para se entregar a Deus na hora da provação! Sabe que Deus é seu Criador e tem todos os direitos sobre ele. Sabe também que Deus é Pai e, que o prova, não para atormentá-lo, mas sim para purificá-lo, santificar. Sabe que Deus se fez seu irmão e que, ao assumir a carne humana, quis padecer para expiar em Si todas as misérias humanas, e fez da dor o sacramento da Redenção.

Fixando o olhar em Cristo que sofre inocente, compreende o cristão quanta necessidade tem de participar dos Seus padecimentos, pois, como pecador, só assim, reconquistará a inocência perdida, a pureza perfeita.

Além disso, sustenta-o invencível esperança porque “os sofrimentos do tempo presente não tem proporção alguma com a glória que há de revelar-se em nós” (Rom 8,18).

FELIZ SEMANA A TODOS!




terça-feira, 17 de outubro de 2017

TEU AMOR INVADA TODO O NOSSO ÍNTIMO!

Queridos irmãos e irmãs

Partilho convosco essa belíssima página de São Columbano:


Instrução de São Columbano, abade (Liturgia das Horas da 28º semana do Tempo Comum, Leituras)

“Que felizes, que ditosos aqueles servos que o Senhor ao voltar encontrar vigilantes!. Preciosa vigília pela qual se mantém alerta para Deus, criador do universo, que tudo penetra e tudo supera!
Oxalá também a mim, embora vil, mas, seu mínimo servo, se digne de tal forma sacudir-me do sono da inércia, acender o fogo da caridade divina. Que a chama de seu amor, o desejo de união com ele cintilem mais que os astros e sempre arda dentro de mim o fogo divino!

Quem me dera serem tais os méritos, que minha lâmpada estivesse sempre acesa, à noite, no templo de meu Senhor, para iluminar todos os que entram na casa de meu Deus!

Senhor, concedei-me, eu te rogo, em nome de Jesus Cristo, teu Filho e meu Deus, aquela caridade que não conhece ocaso, a fim de que minha lâmpada possa acender-se e jamais se apague. Arda para mim, ilumine os outros.

Que tu, Cristo, dulcíssimo Salvador nosso, te dignes acender nossas lâmpadas, de modo a refulgirem para sempre em teu Templo, receberem perene luz de ti, que és a luz perene, para iluminar nossas trevas e afugentar de nós as trevas do mundo.

Entrega, rogo-te meu Jesus, Pontífice das realidades eternas, tua luz à minha candeia, para que por esta luz se manifeste a mim o santo dos santos que te possui, ali entrando pelos umbrais de teu templo magnífico, e onde somente e sem cessar eu te veja, te contemple, te deseje. Esteja eu apenas diante de ti, amando-te, e em face de ti minha lâmpada sempre resplenda, se abrase.

Suplico tenhas a condescendência de te mostrares, amado Salvador, a nós que batemos à tua porta para que, conhecendo-te, só a ti amemos, só a ti desejemos, só em ti meditemos dia e noite, sempre pensemos em ti. Inspira em nós tanto amor por ti quanto é justo que sejas, ó Deus, amado e querido.

Teu amor invada todo o nosso íntimo, teu amor nos possua por inteiro, tua caridade penetre em nossos sentidos todos. Deste modo, não saibamos amar coisa alguma fora de ti, que és eterno. Uma caridade tamanha que nem as muitas águas do céu, da terra e do mar, jamais a possam extinguir em nós, conforme a palavra: E as muitas águas não puderam extinguir o amor (Ct 8,7).

Que tudo se realize em nós, ao menos em parte, por teu dom, Senhor nosso Jesus Cristo, a quem a glória pelos séculos. Amém.

E esse trecho do ofício de Matinas de Santo Inácio de Antioquia que hoje celebramos:


“Meu amor está crucificado, a matéria não me inflama, porque uma água viva e murmurante dentro de mim me diz em segredo: “Vem para o Pai”.

Uma boa semana a todos!

sábado, 30 de setembro de 2017

ORAÇÃO Á SANTA TERESINHA PELA FAMÍLIA

Queridos irmãos e irmãs em Cristo

Amanhã celebraremos com muita alegria a Solenidade de Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira de nosso Carmelo e nossa irmã muito querida.

Hoje terminamos a Novena, mas gostaríamos de partilhar convosco uma oração pedindo a intercessão de Santa Teresinha pelas famílias:

ORAÇÃO À SANTA TERESINHA PARA
ALCANÇAR A PAZ NA FAMÍLIA

Ó Santa Teresinha, anjo tutelar da família cristã, vós que fostes o raio de sol e o sorriso de vossa família, dignai-vos acolher debaixo de vossa proteção, a minha família que ardentemente recomendo à vossa Bondade. Que a paz, o sossego da família alegre também a minha com a reprodução de todo o bem e de todas as virtudes de que a vossa foi verdadeiro santuário. Que o nome de Deus seja adorado e bendito em minha casa; que a sua santa lei e os preceitos de sua Igreja sejam perfeitamente observados por todos e por cada um. Afastai de minha casa o pecado e o espírito de vaidade e de dissipação do mundo. Longe de minha casa seja a irreverência, a desconfiança, o ciúme, a inveja, o ódio, as desgraças, os males todos; só reine sobre nós a abundância do amor, da caridade, mútua compaixão e do bem. Ó milagrosa Santinha, delícia dos vossos pais, santo orgulho de toda a vossa família, pelo amor terníssimo que tivestes aos autores dos vossos dias e a todos os vossos queridos, abençoai a minha família; que o bom exemplo e a virtude desçam do céu sobre aqueles que são obrigados a obedecer, a fim de que se transformem em obediência e respeito para com aqueles que tem a responsabilidade do lar. Que na vossa proteção e na vossa devoção seja esta família uma no amor, no pensamento e na ação, para ser uma na felicidade da terra e na bem-aventurança eterna do céu. Assim seja!.


ORAÇÃO À SANTA TERESINHA

Ó Santa Teresinha do Menino Jesus, branca e mimosa flor de Jesus e de Maria, que embalsamais o Carmelo e o mundo inteiro com vosso suave perfume atraí-nos e convosco correremos em seguimento de Jesus, nosso Deus e único bem, no caminho da renúncia, do amor e do abandono
Ó Santa Teresinha, fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para com nosso Pai do Céu. Ah! Não permitais que O ofendamos pelo pecado, que O contristemos pela desconfiança! Assisti-nos em todos os perigos e necessidades; socorrei-nos em todas as aflições; alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, particularmente..........,valei-nos na vida e na morte. Ó Santa Teresinha, lembrai-vos que prometestes passar o vosso Céu fazendo o bem na terra, sem descanso, até ver completo o número dos eleitos. Ah! Cumpri em nós a vossa promessa; sede nosso Anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no Céu cantando ao vosso lado eternamente as ternuras do Amor Misericordioso do Coração de Jesus. Assim seja!

Que Santa Teresinha continue a fazer sua missão no Céu: fazer o bem sobre a Terra!  Boa semana.




quinta-feira, 7 de setembro de 2017

REZANDO PELO BRASIL COM O CORAÇÃO

Queridos irmãos e irmãs

Transcrevemos a oração que a CNBB enviou e que rezamos durante essa semana da Pátria:

JORNADA DE ORAÇÃO PELO BRASIL
Semana da Pátria
1º a 07 de setembro de 2017
07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar
“A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco)
Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo.
Amém!

(PN-AM-GP)

E esses versinhos que saíram do coração de uma Irmã:

Ó MEU AMADO BRASIL!

Ó meu amado Brasil!
O que era e o que agora é...
Salva-nos, Senhor a todos
Renovando-nos a fé.

Que o amor e a paz
Entre nós esteja sempre a reinar
Não sentiremos a derrota
Se Deus estiver em primeiro lugar

O céu azul e estrelado
Possamos sempre contemplar
Longe de nós a guerra e o comunismo
E a Jesus possamos com alegria louvar

Verde e Amarelo
É o nosso coração
Que todos sejam recebidos
Como a um irmão

Brasil, ó meu Brasil
Que venha do Céu um raio de luz
que reine sempre entre nós
o Senhor Jesus.

Mãe Aparecida
Esmagaste a cabeça do dragão vil
Abençoai e protegei
O nosso Brasil!

sábado, 2 de setembro de 2017

A ORAÇÃO EM SANTA TERESINHA

Queridos irmãos e irmãs

Hoje gostaria de partilhar com vocês um texto sobre a oração em Santa Teresinha, do livro Retiro com Santa Teresinha do Menino Jesus, do Pe. Liagre.

Ele diz que Santa Teresinha não tem um método de oração e nem o ensina. A oração deve ultrapassar qualquer método. A oração deve ser a submissão sincera da alma à ação de Deus, isto é, ao Amor Infinito; a entrega a Ele com toda a humildade e com toda a confiança.....

A verdadeira maneira de começar a oração deveria ser um ato de fé firme, vigoroso e vivo no Amor de Deus por nossa alma miserável, com o desejo de aprender d'Ele como corresponder a esse Amor.
Ela seguiu certamente em sua oração as inspirações da sua Mãe e Mestra Santa Teresa de Jesus que simplesmente define a oração como "um trato de amizade entre a alma e Deus" e disse também: "A oração não consiste em pensar muito mas em amar muito"

Na verdade Santa Teresinha não nos fala da oração mas pelos seus escritos aprendemos que sua oração foi sua vida de amor, de caridade fraterna, além de seguir na obediência quotidiana tudo o que deve fazer uma carmelita. "A oração, a contemplação de Teresinha, sem dúvida, foi, antes de tudo uma oração de amor". Ela nos fala de suas distrações, sonolências: "Eu deveria atribuir as securas ao meu pouco fervor e fidelidade. Deveria ficar desolada por dormir tão frequentemente durante minhas orações e ações de graças. Pois bem! Não me desolo! Penso que as criancinhas agradam a seus pais, quando dormem, como quando estão acordadas; penso que o Senhor vê nossa fragilidade e lembra-se de que somos pó (Sl 102, 14). E diz ainda: "Em minhas relações com Jesus, nada: secura, sono! Já que meu Bem-Amado quer dormir, não O impedirei. Alegro-me por ver que Ele não me trata como estranha, que não faz cerimônias comigo. Pois asseguro-vos que Ele não se preocupa em manter conversa comigo".

No entanto ela disse "Não encontro nada nos livros, o Evangelho me basta!" Olhava Jesus Cristo e O escutava nessa atitude de fé, de humildade, de adoração e de desejo. Por esse olhar simples deixava imprimir em sua alma o que o Evangelho lhe dissera das ações e palavras de Jesus. Procurava somente o Amor e descobria, assim, além da letra evangélica o espírito da vida que aí se encontra....Deus revelava-se cada vez mais a ela como seu Pai infinitamente amoroso. Deixava-se levar pelo desejo de amá-Lo; aprendia e via em Jesus como se ama a Deus e como, pobre criancinha, ela poderia e deveria amá-lo.

O Pe. Liagre cita ainda o Pe. Petitot: "Ou se faz oração o dia todo, ou não se faz absolutamente oração" - o que quer dizer: uma alma que durante o dia não está habitualmente recolhida, poderá fazer o que chama sua meditação.....mas na realidade ela não fará oração, no verdadeiro sentido da palavra.

Sua maneira tão simples de se pôr em oração por meio do Evangelho, só pode ser compreendida, só é acessível por seu recolhimento habitual. Esse recolhimento é um estar habitualmente na presença de Deus, é a vida da nossa alma que não vive senão de amor. Sua oração era sua vida. Seu desejo de agradar em tudo a Nosso Senhor. Terminamos com uma frase sua: digo a Jesus "Atraí-me"...e sei que se Ele me atrair atrairá também todos os que eu amo e que estão no meu coração".

Uma boa semana a todos!

sábado, 12 de agosto de 2017

O MONTE DA PERFEIÇÃO DE SÃO JOÃO DA CRUZ

Queridos irmãos e irmãs

Nesta vésperas do dia dos Pais, partilho com vocês uma pérola preciosa de nosso Pai São João da Cruz, a doutrina para chegar a perfeita união com Deus. Talvez pareça um pouco difícil mas se ler com atenção, vai ver que não é tanto assim.


SUBIDA – S.J.Cruz é claro – para chegar a união com Deus a alma há que passar pela noite. Ele é consciente desde o início de que se trata de uma doutrina difícil de entender e mais difícil de viver. Porém ele sabe a quem se dirige e porque se dirige: a algumas pessoas de nossa sagrada religião por me have-lo pedido (Prólogo).
Para esta primeira parte, o ponto de partida é o desenho do Monte. E pode ser o primeiro passo: explicar o desenho do monte.

Esta era uma das formas pedagógicas de Fr. João: “Entre os demais escritos que escreveu, fez um papel que ele chama “Monte da Perfeição”, pelo qual ensinava que para subir à perfeição nem se havia de querer bens da terra, nem do céu, senão somente não querer nem buscar nada, senão buscar e querer em tudo a glória e honra de Deus nosso Senhor, com coisas particulares a este propósito, o qual Monte da Perfeição se lho declarou a esta testemunha o dito Santo Padre, sendo seu prelado no dito convento de Granada” (Martin de S.José)

“Ali, no desenho do Monte se verá a doutrina que ele ensinava e quão desapegado e despojado era das coisas desta terra. Este “montezinho” dava-o ele às descalças e desejava que o entendessem e exercitassem” (Ana de Santo Alberto).

Esse papelzinho se ló dava frei João aos seus dirigidos para que o levassem no Breviário: “traziam nos breviários uns papeizinhos nos quais estavam pintados e rotulados o Monte Carmelo e sua Subida que era doutrina de grande perfeição, ordenada e feita pelo dito servo de Deus Frei João da Cruz” (Eulógio Pacho)

“Escrevia também alguns momentos coisas espirituais e de proveito e ali (Beas) compôs o Monte e nos fez, a cada uma, um de seu próprio punho para o breviário” (Madalena do Espírito Santo) No dela estava esta dedicatória: “Para minha filha Magdalena”.

Quem tornou público e conhecido o desenho de frei João da Cruz foi Diego de Astor, personagem importante na Espanha, discípulo de El Greco, desenhista da moeda real do Império Espanhol, profissionalmente qualificado. Ele reproduziu o desenho que s.J.da Cruz fez para os frades e monjas. Este tinha apenas as linhas essenciais, sem muito colorido.Proliferou-se então os desenhos com emendas e correções.

Significado do desenho:
1.       Ao pé do Monte – as sentenças. São encontradas em Is 13,11-13 e Is 13, 5-6. S. J.da Cruz nos pede as atitudes fundamentais que aí estão transcritas. O fim destas sentenças é dar doutrina para subir o Monte, que é o mais alto da união. Pode-se aplicar ora a parte sensitiva, ora à parte espiritual, ora também a purificação da memória (III S 15,1). Sua ideia central é a contraposição do NADA ao TUDO.
O caráter ascético das ditas sentenças é evidente, assim como é clara a insinuação ao papel negativo das virtudes teologais para não saber (fé), não Gostar (caridade), não possuir (esperança) nada fora de Deus. Se não superarmos esta primeira etapa não escalaremos jamais o Monte:-

Modo para chegar ao TUDO:
Para vir a saborear TUDO não queiras ter gosto em NADA;
Para vir a saber TUDO, não queiras saber algo em NADA:
Para vir a possuir TUDO, não queiras possuir algo em NADA
Para vir a ser TUDO não queiras ser algo em NADA

Modo de vir ao TUDO:
Para vir ao que não GOSTAS; hás de ir por onde não Gostas;
Para vir ao que não SABES, hás de ir por onde não SABES;
Para vir a possuir o que não POSSUIS, hás de ir por onde não POSSUIS;
Para chegar ao que não ÉS, hás de ir por onde não ÉS.

Modo para não impedir ao TUDO:
Quando reparas em algo – deixas de lançar-te ao TUDO;
Para vir de todo ao TUDO – hás de deixar-te de todo a TUDO;
E quando venhas de todo a ter – hás de tê-lo sem nada querer.
Porque se queres ter algo em TUDO, não tens puro em Deus o teu tesouro.

Indício de que se tem o TUDO
Nesta desnudez encontra o espírito o seu descanso;
Pois nada cobiçando, nada o impele para cima e nada o oprime para baixo
Porque está no centro da sua humildade.

AS TRES SENDAS – 3 OPÇÕES

1ª SENDA – CAMINHO DA DIREITA:
Afeição desordenada aos bens da terra. “Quanto mais buscá-lo quis, com tanto menos me achei”. Não pode subir ao Monte por tomar caminho errado: gosto, liberdade, honra, etc. Se me busco a mim mesmo, não encontro a Deus. Perco o caminho.

2ª SENDA – CAMINHO DA ESQUERDA:
Afeição desordenada aos bens do céu. “Por have-los procurado tive menos que teria se subisse a senda”. Tardei mais e subi menos porque não subi pela senda: Busca de glória, segurança, gozo, consolos...Isto não te impede subir o Monte, mas te carrega com muito peso e te atrasa porque tens que dar muitas voltas. Olha a guerra que manterás, o tempo que perderás, as forças que dispersarás.

3ª SENDA – CAMINHO CENTRAL. Senda da Perfeição.
Depois de repetir 5 vezes o NADA, coloca no cimo do Monte: NADA.
Queres chegar ao Monte? Sabes que caminho tens que percorrer? Não o da direita, não chegarás a lugar nenhum, esbarrarás no vazio. Não o da esquerda: é possível chegar lá, mas te cansarás porque nele dá-se muitas curvas, é cansativo.
Se queres chegar ao Monte vai pelo centro. Busca o essencial, busca somente Deus, nega-te a TODO o resto: “Quanto menos o queria, tenho tudo sem querer”. Encontrarás o cêntuplo que Cristo prometeu.
Esta senda é a única que penetra o Monte, conectando diretamente com a planície do mesmo, na qual está escrito:

“Introduxi vos in terram Carmeli”...Em cujo coração está o lema que presidiu a ascensão espiritual: “Só mora neste Monte a honra e glória de Deus.”

A senda da perfeição é mais estreita que as outras duas, o que quer dizer que o viandante tem que estreitar-se e adelgaçar, se quiser passar (papel curativo das virtudes teologais, cujo ofício é “apartar a alma de tudo o que é menos que Deus” b(2N 21,11).

No cume não coloca nenhuma senda porque por aqui não há caminho, porque para o justo não há lei. Vive-se a liberdade do amor, a liberdade dos filhos de Deus. Ele para si é lei (Rom 2,14). É este o estado da alma que chegou ao cume da perfeição.

E o que encontra no Monte: Fé, Esperança, Caridade. As virtudes teologais. Vive-se as virtudes teologais. Ao redor coloca os dons do Espírito Santo, virtudes e frutos também. São os frutos da terra do Carmelo aos quais somos chamados a saborear. É isto o que vivem as almas que escalam o Monte.

Quando não o quis, com amor de propriedade, foi-me dado tudo sem que o buscasse. E no Monte, nada – por aqui não há caminho, pois para o justo não há lei. Depois que me pus em nada, acho que nada me falta. Sabedoria, ciência, fortaleza, conselho, inteligência, Piedade, temor de Deus, Justiça, Força, Prudência, Temperança, Caridade, Alegria, Paz, Longanimidade, Paciência, Bondade, Benignidade, Mansidão, Fé, Modéstia, Continência, Castidade, Segurança, Fé, Amor, Esperança, divino Silêncio, Divina Sabedoria, Perene Convívio – Só mora neste Monte a honra e glória de Deus:
“Eu vos introduzi na terra do Carmelo, para que comêsseis o seu fruto e o melhor dela” (Jr 2,7).

Uma boa semana a todos.






sábado, 29 de julho de 2017

MARTA E MARIA

Queridos irmãos e irmãs

Hoje, sábado, dia de Santa Marta, pensei em partilhar convosco um trecho que a Santa Madre Teresa de Jesus fala sobre essas duas irmãs tão queridas para nosso Senhor.


"Santa era Marta, e não dizem que fosse contemplativa. Logo, que mais desejais do que poder chegar a ser como essa bem-aventurada, que mereceu ter Cristo Nosso Senhor tantas vezes em sua casa,dando-Lhe de comer, servindo-O e comendo com Ele à sua mesa? Se todos ficassem como Madalena, embevecida, não haveria quem desse de comer a esse divino hóspede. Pensai, pois, que esta congregação é a casa de Santa Marta, devendo nela haver de tudo; e quem for levada para a vida ativa, não fique murmurando contra as que muito se absorverem na contemplação, pois sabe que, mesmo que elas se calem, o Senhor sai em sua defesa, já que, na maior parte do tempo, Ele as faz se descuidarem de si e de tudo.

Recordai-vos de que é necessário ter alguém que faça a comida do Senhor, e considerai-vos felizes por O servirdes como Marta. Vede que a verdadeira humildade reside em nossa disposição de nos contentar com aquilo que o Senhor quiser de nós e em nos considerar sempre indignas de ser tidas por servas Suas. Se contemplar, ter oração mental, ter oração vocal, curar enfermos, servir nas coisas da casa e trabalhar – mesmo nas tarefas mais humildes – é servir ao Hóspede que vem ter conosco, ficando em nossa companhia, comendo conosco e conosco se recreando, que nos importa servi-Lo mais de uma maneira do que de outra? (Caminho da Perfeição, cap 17, 5-6)


...........”Crede-me que Marta e Maria devem andar juntas, para hospedar o Senhor e tê-Lo sempre consigo, não O recebendo mal e negligenciando a sua comida. Como Maria Lhe daria a refeição, assentada sempre aos Seus pés, se sua irmã não a ajudasse? Seu manjar consiste em que, por todos os modos ao nosso alcance, ganhemos almas que se salvem e louvem a Deus para sempre.” (Castelo Interior, 7ª Morada, cap. 4, 12)

Uma boa semana a todos.

sábado, 15 de julho de 2017

O SILÊNCIO

Queridos irmãos e irmãs

A nossa Regra pede, entre outras coisas, que guardemos o silêncio durante o dia, falando só as coisas necessárias para os diversos ofícios. Mas temos dois momentos de recreação onde as irmãs se reunem e enquanto  trabalhos manualmente,  podem falar à vontade, sobre os acontecimentos do dia ou aquilo que o Senhor lhes inspirar.

O silêncio é guardado como meio para facilitar o colóquio amoroso com Deus durante todo o dia, mesmo enquanto fazem seus trabalhos. É a guarda da "Presença de Deus".

Diz o profeta que "O silêncio é o adorno da justiça" e "No silêncio e na esperança estará a nossa fortaleza". E diz também "no muito falar não faltará pecado" e "quem é inconsiderado no falar encontrará danos". E o Senhor disse no Evangelho "De toda palavra ociosa que falamos aos homens daremos conta no dia do Juízo". Então a regra pede que reflitamos bem antes de falar, e quando tiver vontade de dar uma resposta agressiva, "ponha freios na sua boca"!

Como a nossa Ordem tem por fim a união da alma com Deus, e a esta se chega pela oração, precisa então utilizar os meios necessários. O espírito de oração não pode existir sem recolhimento, o qual se nutre com o silêncio. Resulta então que o silêncio é um dos pontos principais para a perfeição. A chave que nos abre sua porta, o fundamento necessário do qual dependem a elevação, a solidez e a beleza do edifício. Por isso, sem o silêncio, não há recolhimento...não há oração...não há união com Deus...não há então perfeição...não há verdadeiro filho do Carmelo.

Alguns frutos do silêncio: preservamos a nossa alma do pecado; nos enriquecemos de virtudes, a ornamos e fortalecemos com as graças de Deus, a iluminamos com vivas e puras luzes, e em fim a unimos a Deus.

Foi no silêncio que Deus pronunciou a sua única Palavra: o VERBO. É no silêncio que Ele se comunica conosco. Só no silêncio podemos lhe falar.

Cada um pode tentar guardar o silêncio conforme as suas possibilidades.

É preciso questionar-se: Tenho medo do silêncio? Ele me incomoda? Ou me sinto bem quando sou envolvida pelo silêncio e posso refletir e pensar em Deus...

Uma santa semana a todos. Que Nossa Mãe Santíssima do Carmo que soube guardar silêncio na sua vida nos ajude nesse caminho.

sábado, 17 de junho de 2017

VISÃO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Queridos irmãos e irmãs

Amanhã, solenidade da Santíssima Trindade, partilho convosco um trecho do livro das Moradas de Santa Teresa de Jesus, no qual ela narra uma visão que teve da Santíssima Trindade. Vejamos:


Nas 7ª Morada, capítulo 1, 6-10, a Santa Madre Teresa de Jesus conta como viu representada em si a Santíssima Trindade:

“Introduzida a alma nesta morada, mediante visão intelectual se lhe mostra, por uma espécie de representação da verdade, a Santíssima Trindade – Deus em Três Pessoas: Primeiro lhe vem ao espírito uma inflamação que se assemelha a uma nuvem de enorme claridade. Ela vê então nitidamente a distinção das divinas Pessoas; por uma notícia admirável que lhe é infundida, entende com certeza absoluta serem as três uma substância, um poder, um saber, um só Deus.´
........
Na  sétima Morada, comunicam-se com ela e lhe falam as três Pessoas. Elas lhe dão a entender as palavras do Senhor que estão no Evangelho: que viria Ele, com o Pai e o Espírito Santo, para morar na alma que O ama e segue Seus mandamentos (jo14,23).
Oh, valha-me Deus! Ouvir essas palavras e crer nelas é uma coisa; entender a sua verdade pelo modo de que falo é algo inteiramente diverso! E cada dia se espanta mais essa alma, porque lhe parece que as três Pessoas nunca mais se afastaram dela. Pelo contrário, vê nitidamente – do modo que dissemos – que estão em seu interior. E no mais íntimo de si, num lugar muito profundo – que ela não sabe especificar, porque é ignorante – percebe em si essa divina companhia.
Lendo o que digo, pode parecer-vos que ela não fica em si, mas tão embevecida que não dá atenção a coisa alguma. Mas a alma o faz, sim, e muito mais do que antes. Dedica-se a tudo o que é serviço de Deus e, faltando-lhe as ocupações, permanece naquela agradável companhia.
E se a alma não faltar a Deus, jamais Ele – ao que me parece – lhe faltará ou deixará de comunicar-lhe tão claramente a Sua presença. E ela tem grande confiança no fato de que Deus não a abandonará, pois, se Este lhe concedeu tamanha graça, não permitirá que a perca. E é justo pensar assim, ainda que ela não deixe de agir com mais cuidado do que nunca, a fim de não desagradar o Senhor em nada.

Perceba-se que o fato de a alma trazer em si essa presença não se passa de modo tão perfeito, isto é, tão claro como quando se lhe manifesta na primeira vez, ou em algumas outras nas quais apraz a Deus fazer-lhe esse favor. Se assim não fosse, a alma não poderia ocupar-se de qualquer outra coisa, nem mesmo viver com as demais pessoas.”

VOCÊ AMA O SEU ANJO DA GUARDA?

Queridos irmãos e irmãs

Hoje, partilho convosco este belo contrato que uma carmelita fez com seu Anjo da Guarda. E também uma oração de Abandono, da mesma irmã. Esperamos que aprecie.

CONVENÇÃO COM MEU ANJO DA GUARDA
(Madre Maria Gabriela -fundadora do
Carmelo de Fátima)

“Meu Anjo querido, companheiro fiel da minha existência inteira, sentindo o desgosto de não vos ter oferecido um tributo suficiente de amor e de reconhecimento, quero neste dia e no futuro reparar os meus esquecimentos e minhas negligências e prometo-vos uma atenção mais constante e um testemunho mais assíduo da minha afeição sincera e profunda.
Façamos, se bem o quereis – e vós o quereis – um pacto fraternal, a fim de que eu possa chegar a viver mais realmente e mais constantemente na santa presença de meu Deus e do vosso Deus. Ajudai-me a recolher-me e viver no interior, em face de Deus como vós. Assisti-me nas minhas orações, comunhões, ações de graça, no Ofício Divino, no terço e em todas as horas do dia em que estou ocupada em tantas coisas para o serviço da comunidade e para as almas. Nesse tempo especialmente guardai o meu lugar em frente de Deus; adorai, amai, reparai, consolai por mim, e dizei-o ao meu Deus! E de noite quando repouso, vigiai, fazei o que quereria fazer: adorar, amar, reparar, consolar!
Partilharei convosco as minhas comunhões reparadoras à glória da Santíssima Trindade, do Coração de Jesus e do Coração de Maria.
Os meus sofrimentos também partilharei convosco, visto que não podeis nem comungar, nem sofrer.
Oferecei isto ao nosso Deus bem amado, a Jesus, ao Espírito Santo e a Maria, minha Mãe. Fazei de mim um anjo, uma alma toda recolhida e entregue...Ajudai-me a realizar ainda o que Deus quiser de mim... E preparai-me para uma santa morte de amor. Assisti-me nessa hora, e levai-me diante de Deus para  louva-Lo convosco durante toda a eternidade bem-aventurada! Amém!

ATO DE ABANDONO (da mesma autora)

Pai Santo, em união com Jesus que acaba de nascer, abandono-me totalmente como Ele à Vossa Vontade adorável, para a vida e a morte, para o tempo e a eternidade. Desejo que este ato de cego abandono seja a viva expressão da minha fé, da minha esperança e do meu amor, e quero repeti-lo com toda a minha alma a cada instante da minha vida.

Dou-me a Vós como uma pobre e pequena hóstia para ser cada dia,  consagrada, oferecida, depois partida e consumida toda inteira para Vossa maior glória e para as almas que me haveis dado. O que Vós desejardes mais, ó meu Deus, tomai-o Vós próprio” (Natal de 1936)

domingo, 4 de junho de 2017

PENTECOSTES

Queridos Irmãos e Irmãs

Neste dia em que no mundo inteiro a Santa Igreja comemora e se alegra com a solenidade de Pentecostes é um dia propício para fazermos uma  consagração ao Espírito Santo que tantos dons tem concedido à sua Igreja e a cada um de nós. Antes de fazê-la é preciso ler com atenção e ver suas disposições para fazer tal Ato de Consagração.

ATO DE CONSAGRAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO

Ó Espírito Santo, laço divino que unis o Pai com o Filho em um inefável e estreitíssimo abraço de amor, Espírito de luz e de verdade, dignai-Vos derramar toda a plenitude de vossos dons sobre minha alma, que solenemente Vos consagro para sempre, a fim de que sejais seu Preceptor, seu Diretor e seu Mestre.
D'ora avante prometo fidelidade a todos os vossos desejos e inspirações e entrega completa e amorosa à vossa ação divina.
Espírito Criador, vinde! Vinde operar em mim a renovação pela qual ardentemente suspiro; renovação e transformação tal que seja como uma nova criação, toda de graça, de pureza e de amor, com a qual dê princípio deveras à vida inteiramente espiritual, celestial, angélica e divina que exige a minha vocação cristã.
Espírito de santidade, concedei à minha alma o contato da vossa pureza, e ficará mais branca do que a neve.
Fonte sagrada de inocência, de candura e de virgindade, dai-me a beber de vossas águas divinas, apagai a sede de pureza que me abrasa, batizando-me com aquele batismo de fogo cujo divino Batistério é a vossa Divindade, sois Vós mesmo.
Envolvei todo o meu ser com as suas puríssimas chamas!
Destruí, devorai, consumi nos ardores do puro amor quanto em mim há de imperfeito, de terreno, de humano, quanto não seja digno de Vós.
Que a vossa divina unção renove a minha consagração como templo de toda a Santíssima Trindade, e como membro vivo de Jesus Cristo, a Quem mais completamente ainda ofereço minha alma, meu corpo, meu espírito e meu coração, com quanto sou e possuo.
Feri-me de amor, ó Espírito Santo, com um desses íntimos e delicados toques do vosso amor, para que, à maneira de seta inflamada, fira e transpasse o meu coração, fazendo-me morrer para mim mesmo e para tudo aquilo que não seja o Amado!
Trânsito feliz e misterioso que só Vós podeis empreende, ó Espírito Divino, e que eu desejo e peço humildemente!
Qual carro de fogo divino arrebatai-me da terra ao céu, de mim mesmo a Deus, fazendo que desde agora habite naquele paraíso que é o seu Coração.
Infundi em mim o verdadeiro espírito da minha vocação e as grandes virtudes que ela exige, e que são penhor seguro de santidade: o amor da cruz e da humilhação e o desprezo de tudo que é transitório.
Dai-me sobretudo uma humildade profundíssima e um santo ódio contra mim mesmo. 
Ordenai em mim a caridade e inebriai-me com o vinho que gera virgens.
Que o meu amor a Jesus seja perfeitíssimo, até chegar a uma completa alienação de mim mesmo, àquela celestial loucura que faz perder o sentido humano de todas as coisas, para seguir as luzes da fé e os impulsos da graça.
Aceitai-me, pois, ó Espírito Santo, que de todo e por completo me entrego a Vós. Possuí-me, admiti-me às castíssima delícias de vossa união, que nela desfaleça e expire de puro amor ao receber o vosso ósculo de paz. Amém. (autor desconhecido).

Uma boa semana a todos, retornando ao Tempo Comum.