sábado, 8 de novembro de 2014

A HUMILDADE – 3ª VIRTUDE NECESSÁRIA PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO




Queridos irmãos e irmãs

Hoje partilhamos algo do que a Santa Madre Teresa de Jesus fala sobre a humildade nos capítulos 10 e seguintes.

Ela dá como um bom remédio para nos desapegarmos de tudo “trazer constantemente no pensamento a vaidade que é tudo e como tão depressa se acaba, para tirar a afeição das coisas que passam e colocá-la nas eu nunca se hão de acabar. E ainda que pareça um meio fraco, vem a fortalecer muito a alma e ser vigilante ainda que nas muito pequenas coisas: se notar que está apegando-se a alguma, procurar afastar o pensamento dela e voltá-lo para Deus, e Sua Majestade vem em sua ajuda.....Aqui pode entrar a verdadeira HUMILDADE, porque esta virtude com a do desapego, parece-me que andam sempre juntas; são duas irmãs que não há por que apartá-las.....Abracem e amem essas virtudes e nunca se vejam sem elas.
Oh, soberanas virtudes, senhoras de todo o criado, imperadoras do mundo, libertadoras de todos os laços e enredos que o demônio coloca, tão amadas por nosso Mestre Cristo, que nunca se viu sem elas nem num pequeno ponto! Quem as tiver, bem pode sair e combater contra todo o mundo e suas ocasiões; não tenham medo de ninguém pois seu é o Reino dos Céus; não têm a quem temer pois não lhe importa perder tudo pois a tudo tem por nada; só teme descontentar a seu Deus e deixar de suplicar-lhe que a sustente nelas para que não as perca por culpa sua.

“Verdade é que estas virtudes têm tal propriedade que se escondem de quem as possui, de maneira que nunca as vê nem acaba de crer que tem alguma, embora lho digam. Mas tem-nas em tanto, que sempre anda procurando tê-las e as vai aperfeiçoando em si cada vez mais, ainda que os outros bem notam quem as têm, pois logo se dão a conhecer aos que com eles tratam, sem mesmo o quererem.”

“Mas que desatino pôr-me eu a louvar a humildade e a mortificação, estando elas tão louvadas pelo Rei da Glória e tão confirmadas por tantos trabalhos Seus! Pois, filhas minhas, aqui é o trabalhar para sair da terra do Egito, que, em as achando, achareis o maná. Todos as coisas terão bom sabor para vós, por mau sabor tenham ao gosto dos do mundo, se vos farão doces.”

Depois ela vai falar da necessidade de se desprender do amor próprio exagerado – amor ao próprio corpo, a própria saúde, também o de queixar-se sempre de pequenos males. “Se podeis sofrê-los, não o façais”. Fala às religiosas que pensem nas casadas que “mesmo com graves males, para não aborrecerem o marido, não ousam queixar-se, e com grandes trabalhos” e a ainda “Já que estais livres dos grandes trabalhos do mundo,sabei sofrer um pouquinho por amor de Deus sem que todos o saibam! Pois, se uma mulher muito mal casada, para que não o saiba seu marido, nem o diz, nem se queixa e passa muita desventura sem desabafar com  ninguém, não sofreremos nós a sós com Deus um pouco dos males que nos dá por causa de nossos pecados? Tanto mais que é um quase nada o que assim se aplaca do mal. Em tudo o que disse, não me refiro a doenças graves...mas de umas molestiazinhas que se podem agüentar de pé.......Quantas vezes zombou de nós o corpo, não zombaremos dele também  alguma?”

Uma boa semana a todos


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