quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CONTINUAÇÃO DA CARTA DE SANTA TERESINHA




Queridos irmãos e irmãs

Continuemos a ler a carta que Santa Teresinha escreveu à sua irmã também carmelita Maria do Sagrado Coração (manuscrito B):

“Imolai a Deus sacrifícios de louvor e de ações de graças” (Sl 49,9-14). “Eis aí tudo o que Jesus exige de nós. Não precisa de nossas obras, mas unicamente de nosso amor, pois o mesmo Deus declara não ter necessidade de dizer-nos, quando está com fome, não teme de mendigar um pouco de água à Samaritana. Tinha sede...Mas, quando disse: “dai-me de beber” (Jo 4,7), era o amor de sua pobre criatura que o Criador do Universo reclamava. Tinha sede de amor... Oh! Sinto mais do que nunca, Jesus está com sede. Entre os discípulos do mundo, só encontra ingratos e indiferentes; entre seus próprios discípulos, infelizmente, só encontra poucos corações que a ele se entregam sem reserva, que compreendam toda a ternura do seu amor infinito.
Querida Irmã, como somos felizes por compreender os íntimos segredos de nosso Esposo. Oh! Se quisésseis lançar por escrito tudo o que sabeis a respeito, belas páginas teríamos para ler. Sei, contudo, que preferis guardar  os “segredos do Rei”, enquanto a mim dizeis “ser louvável publicar as obras do Altíssimo”. Acho que tendes razão de guardar silencio, e só com o único fim de vos causar prazer que escrevo estas linhas, pois sinto impossibilidade de formular em linguagem da terra os segredos do Céu. Além do mais, depois de escrever páginas sobre páginas, teria a impressão de não ter ainda começado...Há tantos horizontes diferentes, há tantos matizes em escala infinita, que só a palheta do Celestial Pintor poderá, após a noite desta vida, fornecer-me cores adequadas para pintar as maravilhas que se descortinam aos olhos de minha alma.

Minha querida Irmã, pedistes-me descrevesse meu sonho e a “minha pequena doutrina”, como lhe chamais. É o que fiz nas páginas a seguir, mas tão mal que me parece impossível compreenderdes. Achareis, talvez, minas expressões exageradas.Oh! perdoai-me, será efeito do meu estilo pouco atraente. Asseguro-vos que não há nenhum exagero em minha alminha, dentro da qual tudo é bonança e tranquilidade...”

Queridos irmãos, no restante da carta ela conta a descoberta da sua vocação no coração da Igreja. Convidamos o leitor para ler nas fontes (Manuscritos autobiográficos de Santa Teresinha do Menino Jesus).

Uma boa semana a todos!

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