Neste domingo quero partilhar convosco uma das páginas do "Castelo Interior" ou "Moradas", cap. 1 (1ª Morada). É muito belo!

Se refletirmos bem, irmãs, veremos que a alma do justo é nada menos que um paraíso, onde o Senhor, como Ele mesmo diz, acha suas delícias.
Que vos parece? Como será o aposento onde se compraz um Rei tão poderoso, tão sábio, tão puro, tão rico de todos os bens? Nada posso imaginar comparável à beleza de uma alma e a sua imensa capacidade. Por agudas que sejam, as nossas inteligências não chegam a compreendê-la verdadeiramente, assim como não compreendem a Deus. É Ele próprio quem diz nos ter criado à sua imagem e semelhança.

Não é pequena lástima e confusão não nos entendermos a nós mesmos, por nossa culpa, nem sabermos quem somos.
Sr perguntássemos a uma pessoa quem ela é, e não soubesse responder, nem dizer quem foi seu pai, sua mãe, ou a terra em que nasceu, seria grande ignorância, coisa mais própria de animal que de homem.
Bem maior, sem comparação, e a nossa insensatez, desconhecendo nosso valor e concentrando toda a atenção no corpo. Sabemos muito por alto que nossa alma existe, porque assim ouvimos dizer e a fé no s ensina. Mas as riquezas que há nesta alma, seu grande valor, quem nela habita - eis o que raras vezes consideramos.
O resultado é não fazermos caso de sua beleza, nem procurarmos com todo cuidado conservá-la. Todos os desvelos se consomem no grosseiro engaste, nas muralhas deste castelo, que são nossos corpos."
Uma boa semana a todos.
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