ANO JUBILAR DOS 500 ANOS DO NASCIMENTO DE SANTA TERESA DE
JESUS
1515 – 2015
Queridos irmãos e irmãs
Neste domingo iniciamos o novo ano litúrgico com o 1º Domingo do Advento - Tempo de expectativa alegre pela próxima vinda de Jesus Cristo - Verbo Encarnado. Preparemos o nosso coração para recebê-lo com muita alegria e desejosos de serví-lo com todo o nosso ser.
Continuemos nosso partilha dos escritos de Santa Teresa de Jesus
No capítulo 27 do Caminho da Perfeição Santa Teresa de Jesus
começa a falar sobre as primeiras palavras do Pai-Nosso.
“Já não seria excessivo, Senhor, no fim da oração
conceder-nos a graça de chamar-vos nosso Pai? Mas vós nos encheis as mãos e
fazeis logo no começo tão grande favor. Diante de uma graça tão imensa, justo
seria absorver-se nela o intelecto e ocupar-se a vontade a ponto de não poder
pronunciar palavra!
Como ficaria bem aqui, filhas, falar-vos da contemplação
perfeita! Com quanta razão entraria a alma em si, para melhor elevar-se acima
de si mesma e aí escutar e aprender o que este santo Filho ensina acerca do
lugar onde está seu Pai, quando ele diz que é o Céu. Saíamos da terra, filhas
minhas!
Conhecendo a excelência deste favor, seria estimá-lo muito pouco se
ainda aqui ficássemos depois de o ter entendido.
Ó Filho de Deus e Senhor meu! Quantos bens juntos nos
dais, logo à primeira palavra! Com tão grandes extremos vos humilhais, a ponto
de vos unirdes a nós para pedir conosco, fazendo-vos irmão de criaturas tão vis
e miseráveis!
Querendo que vosso Pai nos tenha por filhos, em nome de
vosso Pai, dais tudo o que se pode dar. Como vossa palavra não pode faltar,
obrigais vosso Pai a cumpri-la e a nos atender.
Isto não é pequena obrigação. Sendo Pai, nos há de
suportar, por graves que sejam as nossas ofensas. Se voltamos para Ele terá de
perdoar-nos, como ao filho pródigo. Terá de consolar-nos em nossos sofrimentos
e sustentar-nos como faz tal Pai.
Pelo fato de nele existir a perfeição de todos os bens,
forçosamente é melhor que todos os pais do mundo. Por fim, há de tornar-nos
participantes e herdeiros convosco de seu reino.
Vede bem, Senhor meu, o que fazeis por nós. Ao amor que
nos tendes e à vossa profunda humildade, não há extremos que vos pareçam
demasiados.
Enfim, Senhor, descestes à terra e vos revestistes da
nossa carne. Já que tendes a nossa natureza, há algum motivo para olhardes por
nosso proveito. Mas considerai que estando vosso Pai no céu, como dizeis, justo
é zelardes por sua honra......
Ó bom Jesus! Com quanta clareza mostrastes que sois uma
só coisa com vosso Pai1! Com que
evidência revelastes, Senhor meu, que vossa vontade é sua, e a dele, vossa! Que
coisa maravilhosa o amor que nos tendes!..........
Então, filhas, não vos parece que é bom Mestre? Para nos
afeiçoar ao seu ensinamento começa fazendo-nos tão grandes graças. Vedes agora como é justo que, na
oração vocal, ao dizermos com os lábios esta palavra – PAI NOSSO – COM A MENTE
PROCUREMOS ENTENDER-LHE O SENTIDO, PARA QUE SE DESPEDACE NOSSO CORAÇÃO À VISTA
DE TAL TERNURA!
Deus é nosso Pai! Que filho há no mundo que não procure
indagar quem é seu pai, principalmente sabendo que o tem tão bom, de tanta
majestade e soberania......
Procurai ser tais, minhas filhas, que mereçais lançar-vos
nos braços desse Pai e gozar de sua companhia!
Se fordes boas filhas, Ele, já o sabeis – não vos
afastará de junto de si. Quem não fará tudo para não perder um tal Pai?
Valha-me Deus!
Quantos motivos de consolação achareis aqui. Para não me alargar muito, quero
deixá-lo à vossa ponderação. Por desbaratada que ande a vossa imaginação,
forçosamente haveis de achar entre tal Pai e tal Filho, o Espírito Santo. Que
Ele enamore vossa vontade e, se tão grande interesse não bastar para
fascinar-vos, Ele, que é o Amor infinito, vos prenda comospoderososvínculos do
Seu amor.
Ó bom Jesus! Com quanta clareza mostrastes que sois uma
só coisa com vosso Pai1! Com que
evidência revelastes, Senhor meu, que vossa vontade é sua, e a dele, vossa! Que
coisa maravilhosa o amor que nos tendes!..........
Então, filhas, não vos parece que é bom Mestre? Para nos
afeiçoar ao seu ensinamento começa fazendo-nos tão grandes graças. Vedes agora como é justo que, na
oração vocal, ao dizermos com os lábios esta palavra – PAI NOSSO – COM A MENTE
PROCUREMOS ENTENDER-LHE O SENTIDO, PARA QUE SE DESPEDACE NOSSO CORAÇÃO À VISTA
DE TAL TERNURA!
Deus é nosso Pai! Que filho há no mundo que não procure
indagar quem é seu pai, principalmente sabendo que o tem tão bom, de tanta
majestade e soberania......
Procurai ser tais, minhas filhas, que mereçais lançar-vos
nos braços desse Pai e gozar de sua companhia!
Se fordes boas filhas, Ele, já o sabeis – não vos
afastará de junto de si. Quem não fará tudo para não perder um tal Pai?
Valha-me Deus!
Quantos motivos de consolação achareis aqui. Para não me alargar muito, quero
deixá-lo à vossa ponderação. Por desbaratada que ande a vossa imaginação,
forçosamente haveis de achar entre tal Pai e tal Filho, o Espírito Santo. Que
Ele enamore vossa vontade e, se tão grande interesse não bastar para
fascinar-vos, Ele, que é o Amor infinito, vos prenda com os poderosos vínculos do
Seu amor.
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