Queridos irmãos e irmãs
Hoje partilhamos algo do que a Santa Madre Teresa de
Jesus fala sobre a humildade nos capítulos 10 e seguintes.
Ela dá como um bom remédio para nos desapegarmos de tudo
“trazer constantemente no pensamento a vaidade que é tudo e como tão depressa
se acaba, para tirar a afeição das coisas que passam e colocá-la nas eu nunca
se hão de acabar. E ainda que pareça um meio fraco, vem a fortalecer muito a
alma e ser vigilante ainda que nas muito pequenas coisas: se notar que está
apegando-se a alguma, procurar afastar o pensamento dela e voltá-lo para Deus,
e Sua Majestade vem em sua ajuda.....Aqui pode entrar a verdadeira HUMILDADE,
porque esta virtude com a do desapego, parece-me que andam sempre juntas; são
duas irmãs que não há por que apartá-las.....Abracem e amem essas virtudes e
nunca se vejam sem elas.
Oh, soberanas virtudes, senhoras de todo o criado,
imperadoras do mundo, libertadoras de todos os laços e enredos que o demônio
coloca, tão amadas por nosso Mestre Cristo, que nunca se viu sem elas nem num
pequeno ponto! Quem as tiver, bem pode sair e combater contra todo o mundo e
suas ocasiões; não tenham medo de ninguém pois seu é o Reino dos Céus; não têm
a quem temer pois não lhe importa perder tudo pois a tudo tem por nada; só teme
descontentar a seu Deus e deixar de suplicar-lhe que a sustente nelas para que
não as perca por culpa sua.
“Verdade é que estas virtudes têm tal propriedade que se
escondem de quem as possui, de maneira que nunca as vê nem acaba de crer que
tem alguma, embora lho digam. Mas tem-nas em tanto, que sempre anda procurando
tê-las e as vai aperfeiçoando em si cada vez mais, ainda que os outros bem
notam quem as têm, pois logo se dão a conhecer aos que com eles tratam, sem
mesmo o quererem.”
“Mas que desatino pôr-me eu a louvar a humildade e a
mortificação, estando elas tão louvadas pelo Rei da Glória e tão confirmadas
por tantos trabalhos Seus! Pois, filhas minhas, aqui é o trabalhar para sair da
terra do Egito, que, em as achando, achareis o maná. Todos as coisas terão bom
sabor para vós, por mau sabor tenham ao gosto dos do mundo, se vos farão
doces.”
Depois ela vai falar da necessidade de se desprender do
amor próprio exagerado – amor ao próprio corpo, a própria saúde, também o de
queixar-se sempre de pequenos males. “Se podeis sofrê-los, não o façais”. Fala
às religiosas que pensem nas casadas que “mesmo com graves males, para não
aborrecerem o marido, não ousam queixar-se, e com grandes trabalhos” e a ainda
“Já que estais livres dos grandes trabalhos do mundo,sabei sofrer um pouquinho
por amor de Deus sem que todos o saibam! Pois, se uma mulher muito mal casada,
para que não o saiba seu marido, nem o diz, nem se queixa e passa muita
desventura sem desabafar com ninguém,
não sofreremos nós a sós com Deus um pouco dos males que nos dá por causa de
nossos pecados? Tanto mais que é um quase nada o que assim se aplaca do mal. Em
tudo o que disse, não me refiro a doenças graves...mas de umas molestiazinhas
que se podem agüentar de pé.......Quantas vezes zombou de nós o corpo, não
zombaremos dele também alguma?”
Uma boa semana a todos
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