Queridos
irmãos e irmãs
Como já falei, neste tempo de preparação para a comemoração dos 500 anos do nascimento da Santa Teresa de Jesus, desejamos partilhar
convosco algumas palavras tiradas de suas obras
(Caminho da Perfeição, Vida, Castelo Interior, Fundações, etc). Ela é uma mina
na qual Deus depositou as mais belas joias. Esperamos que sejam de ajuda para a
vossa santificação.
Tendo sempre buscado a Verdade (Deus), tendo-a
encontrado foi inspirada por Deus a partilhar o que encontrou, de uma forma
muito simples e amável.
Cristo foi para ela
seu “Livro Vivo” e nada ela escreveu que não tivesse aprendido desse Livro
Vivo. “Cristo, livro vivo, faz de Teresa um outro livro vivo, dotado de memória
viva. Quer um exemplo disso: “Quem pode ver Cristo coberto de chagas, sem
compreender que Ele suportou esses sofrimentos por amor a nós, sem compreender
que tal amor pede o nosso em retribuição?...Como ver Cristo coberto de chagas
sem abraçar as perseguições que o afligem, sem amá-las nem desejá-las?”. A
visão de Cristo chagado desperta em Teresa a mais viva compaixão por aqueles
que se perdem, e dai o desejo de “fazer algo por Deus” cujo amor eles
desconhecem. A fundação da reforma do Carmelo nascerá desse desejo! (Vida 32,
9).
Conforme Michel de
Goedt no seu livro “O Cristo de Teresa de Jesus”
Ela foi chamada para testemunhar na Igreja que a Glória do Pai só se
reflete na figura de Jesus, feito Senhor e Salvador. Dela são essas palavras:
“Não quero bem algum que não seja adquirido por meio daquele Senhor de quem nos
vieram todos os bens. Seja Ele louvado para sempre. Amém” (Castelo Interior VI,
7).
Transcrevemos algumas
orientações para os pais. Encontram-se no 1º Livro que escreveu que é o da sua
Vida, no Capítulo II:
“Se
Eu pudesse aconselhar, diria aos pais que, nesta idade (ela tinha 12 anos),
tivessem grande cuidado com pessoas com quem seus filhos tratam. Daqui pode vir
muito mal, porque o nosso natural tende mais para o pior do que para o
melhor...Assim aconteceu a mim...Espanta-me, algumas vezes, o dano que faz uma
má companhia e, se eu não tivesse passado por isto, não o poderia crer; no
tempo da mocidade, em especial, deve ser maior o mal que causa. Quisera eu que
os pais aprendessem com o que aconteceu comigo e tenho por certo que, se
naquela idade tratasse com pessoas virtuosas, estaria crescida na virtude. Se
então tivera tido quem me ensinasse a temer a Deus, a alma iria tomando forças
para não cair.”
Ela fala isso por causa da má
influência que uma prima que era muito leviana, causou na sua conduta.
Disse também: “Ó Deus meu, que dano
causa ao mundo ter isto em pouca conta (as más companhias, as honras) e pensar
que pode haver coisa secreta feita contra Vós! Tenho por certo que se evitariam
grandes males se se pensasse não estar o negócio em nos guardarmos dos homens,
mas sim em não nos guardarmos de Vos descontentar”.
Depois, o pai a colocou interna num
colégio de religiosas...
“Minha
alma começou a acostumar-se de novo ao bem da minha primeira infância, e vi a
grande graça que Deus faz àqueles a quem põe em companhia dos bons.
Uma boa semana a todos.
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