terça-feira, 2 de setembro de 2014

SANTA TERESA DE JESUS, ALMA ABRASADA DE AMOR


Queridos irmãos e irmãs

Refletindo sobre os últimos acontecimentos no Iraque, a perseguição dos cristãos, a fuga, os refugiados,  a matança de crianças, veio ao meu pensamento: Se Santa Teresa se preocupou tanto com o que acontecia no mundo e na Igreja no seu tempo que acabou por reformar o Carmelo, para que aquelas poucas irmãs, juntamente com ela, se entregassem a uma vida de recolhimento e oração pela Igreja, o que faria ela se vivendo agora nestes tempos, se deparasse com tantos sofrimentos!  Se lesse a carta que um sacerdote escreveu ao Papa Francisco da qual transcrevemos apenas dois trechos:

A carta do sacerdote intitulava-se “Uma carta de lágrimas". No texto, o sacerdote explicou ao Santo Padre a trágica situação de centenas de milhares de cristãos: "Santidade, a situação das suas ovelhas é terrível. Morrem e têm fome. Os seus filhos têm medo e não agüentam mais. Nós, padres, religiosos e religiosas, somos poucos e tememos não conseguir responder às exigências físicas e psíquicas dos filhos deles, que também são nossos".
O sacerdote expressou ainda os seus receios e pediu bênçãos: "Escrevo com lágrimas, porque estamos num vale escuro no meio de uma grande alcatéia de lobos ferozes. Santidade, tenho medo de perder os seus filhinhos, em especial os recém-nascidos que, a cada dia, se cansam e se debilitam mais; temo que a morte leve alguns deles. Mande-nos a sua bênção para termos a força de seguir em frente e, quem sabe, resistir ainda mais.” (News Va).

A partir desta semana vou começar a partilhar com vocês alguns trechos dos escritos da Santa Madre Teresa de Jesus, cujo jubileu dos 500 anos de seu nascimento, inicia no próximo dia 15/10.

Hoje partilho esse trecho (Caminho da Perfeição, 35, 4):

"Mas que é isto, meu Senhor e meu Deus! Ou acabai com o mundo, ou remediai tão gravíssimos males! Não há coração que o sofra, nem os nossos, embora sejamos ruins. Suplico-Vos, Eterno Pai, não o sofrais Vós: atalhai esse fogo, Senhor, pois o podeis, se quiserdes. Olhai que ainda está no mundo Vosso Filho:  por seu respeito cessem coisas tão feias, abomináveis e imundas. Por Sua formosura e limpeza, não merece estar onde há semelhantes coisas. Não o façais em atenção a nós, Senhor, que não o merecemos: fazei-o em atenção ao Vosso Filho.Quanto a suplicar-Vos que o não deixeis conosco (na Santa Eucaristia), não o ousamos pedir: que seria de nós? Se alguma coisa Vos aplaca, é termos aqui tal prenda. Mas algum meio há de haver, Senhor meu: aplique-o Vossa Majestade! Ó meu Deus, quem me dera importunar-Vos sem cessar e ter-Vos prestado grandes serviços, para poder, em paga de meus trabalhos, solicitar tão subida mercê, pois nenhum deixais sem recompensar. Mas nada fiz por Vós, Senhor, antes, fui eu porventura quem Vos irritou, e é por meus pecados que sobrevieram tantos males. Portanto, que me resta fazer, Criador meu, senão apresentar-Vos este Pão sacratíssimo, tornando a oferecer-Vos o que nos destes e suplicar-Vos que pelos méritos de Vosso Filho me concedais esta mercê, pois Ele de tantos modos a tem merecido? Dai-Vos pressa, Senhor, dai-Vos pressa! Fazei amainar este mar, não singre sempre a barca da Igreja tão furiosa procela. E salvai-nos, Senhor, que perecemos”!


Boa semana a todos!

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