Queridos
irmãos e irmãs
Neste
domingo a Palavra do Senhor nos questiona, como sempre. Depois de contar a
parábola do administrador infiel (Lc 16, 1-18), Jesus comenta que os filhos
deste mundo (os que não creem) são mais espertos que os filhos da luz (os que creem e o seguem). Por quê?
Os que vivem
para as coisas terrenas e não buscam primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça,
se afanam em busca de riquezas, do poder, ou do prazer, e nisto são espertos e
muitas vezes, desonestos.
Os que
querem as coisas eternas (o verdadeiro bem) nem sempre fazem tudo o que o
Senhor recomendou e ensinou e acabam por ficar no meio do caminho – nem são das
trevas, nem são da luz.
Partilho
convosco uma página de São João da Cruz na qual ele nos ensina a sermos
espertos e nos empenharmos na busca dos bens eternos, que não perecem, que
ninguém pode roubar:
“Para
mortificar e pacificar as quatro paixões naturais que são gozo, esperança,
temor e dor, de cuja concórdia e harmonia nascem inumeráveis bens, trazendo à
alma grande merecimento e muitas virtudes, o remédio universal é o seguinte:
Não ao mais
agradável, senão ao mais desagradável,
Não ao
descanso, senão ao trabalho,
Não ao
consolo, mais à desolação,
Não ao mais,
senão ao menos,
Não ao mais
alto e precioso, senão ao mais baixo e desprezível,
Não a querer
algo e sim em nada querer,
Não a andar
buscando o melhor das coisas temporais, mas o pior,
Enfim,
desejando entrar, por amor de Cristo, na total desnudez, vazio e pobreza de
tudo quanto há no mundo. Abrace de coração essas práticas, procurando acostumar
a vontade a elas. Porque, se de coração as exercitar, em pouco tempo achará
nelas grande deleite e consolo, procedendo com ordem e discrição.”
Essa
linguagem parece loucura aos olhos do mundo, mas aos olhos de Deus é linguagem
de sabedoria. Servi a Deus, nosso único Senhor e encontrará o verdadeiro bem.
Boa semana a
todos.
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