E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?
Queridos
irmãos e irmãs
Jesus, no
evangelho deste domingo (Lc 9,18-24)) nos faz uma pergunta inquietante?
Quer
saber quem achamos que Ele é. Faça de conta que Jesus, olhando nos teus olhos,
te questiona: Quem sou eu para ti? Faço parte da tua vida? Do teu dia-a-dia?
Acreditas que eu sou filho de Deus e Deus mesmo? As palavras que eu te digo
tocam o teu coração? Mudam o teu comportamento? Levam a uma conversão?
Despertam em ti o desejo de contagiar teus parentes e amigos para que eles
também me conheçam?
Quem sou Eu
para ti?
Irmão?
Amigo? Esposo? Pai? Mãe? “Minha mãe, meus irmãos, são aqueles que ouvem a
Palavra de Deus e a cumprem”.
Quem é Jesus
para nós?
Na semana
que termina, na 5ª feira, no Evangelho (Mt 6, 7-15), Jesus nos fala sobre a
oração que agrada a Deus, e ensina a nós, seus irmãos e irmãs, o Pai-Nosso, que
aprendemos nos joelhos de nossa mãe.
No ofício
das Leituras, durante a semana a 2ª leitura tem nos apresentado os escritos de
São Cipriano sobre a Oração do Pai-Nosso. Partilho convosco alguma coisa (2ª
feira da 11ª semana):
“Antes do
mais, o Doutor da paz e Mestre da unidade não quis que cada um orasse sozinho e
em particular, como rezando para si só. Não dizemos: “Meu Pai que estais nos
céus”, nem “Meu pão dai-me hoje”, nem se pede só para si o perdão da dívida de
cada um ou que não caia em tentação e seja livre do mal, rogando cada um só
para si.
Nossa oração é pública e universal e quando oramos não o fazemos para
um só, mas para o povo todo, já que todo o povo forma uma só coisa.
“O Deus da
paz e Mestre da Concórdia, que ensinou a unidade, quis que assim orássemos: um
por todos, da mesma forma que ele carregou a todos como um só.....Do mesmo modo
vemos orar os apóstolos e os discípulos, depois da ascensão do Senhor: “Eram
perseverantes, todos unânimes na oração com as mulheres e Maria, a mãe de Jesus
e seus irmãos”....
"De alcance
prodigioso, irmãos diletíssimos, são os mistérios da oração dominical!
Mistérios numerosos, profundos, enfeixados em poucas palavras, porém, ricas em
força espiritual, encerrando tudo o que nos importa alcançar! Rezai assim:, diz
ele: “Pai nosso, que estais nos céus”.
“O homem
novo, renascido e, por graça restituído a seu Deus, diz, em primeiro lugar,
Pai, porque já começou a ser filho. “Veio ao que era seu e os seus não o
receberam. A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem
filhos de Deus, àqueles que crêem em seu nome”.
Quem
portanto crê em seu nome e se fez filho de Deus, deve começar por aqui, isto é,
dar graças e confessar-se filho de Deus ao declarar ser Deus o seu Pai dos céus”.
Deve também
fazer o que Jesus pediu neste Evangelho dominical: “Quem quiser vir após mim,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
Reconhecer
Jesus como o “Cristo de Deus” tem as suas exigências, mas também a sua glória.
Dará luz para saber como agir, por exemplo, em relação à justiça. Seguir os ensinamentos de Jesus também aí, evitando meios violentos para obter coisas justas e boas: "Deus Pai sabe do que temos necessidade".
Todo movimento deveria ser "movimento de paz", "movimento da não-violência". Mesmo não cristãos, ou não católicos, inspirados por Cristo, seguiram esse caminho (por exemplo Gandhi, Martin Luther King, etc).
Uma boa
semana a todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário