sábado, 22 de junho de 2013

E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?



E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU?

Queridos irmãos e irmãs

Jesus, no evangelho deste domingo (Lc 9,18-24)) nos faz uma pergunta inquietante?

Quer saber quem achamos que Ele é. Faça de conta que Jesus, olhando nos teus olhos, te questiona: Quem sou eu para ti? Faço parte da tua vida? Do teu dia-a-dia? Acreditas que eu sou filho de Deus e Deus mesmo? As palavras que eu te digo tocam o teu coração? Mudam o teu comportamento? Levam a uma conversão? Despertam em ti o desejo de contagiar teus parentes e amigos para que eles também me conheçam?
Quem sou Eu para ti?

Irmão? Amigo? Esposo? Pai? Mãe? “Minha mãe, meus irmãos, são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a cumprem”.

Quem é Jesus para nós?

Na semana que termina, na 5ª feira, no Evangelho (Mt 6, 7-15), Jesus nos fala sobre a oração que agrada a Deus, e ensina a nós, seus irmãos e irmãs, o Pai-Nosso, que aprendemos nos joelhos de nossa mãe.

No ofício das Leituras, durante a semana a 2ª leitura tem nos apresentado os escritos de São Cipriano sobre a Oração do Pai-Nosso. Partilho convosco alguma coisa (2ª feira da 11ª semana):

“Antes do mais, o Doutor da paz e Mestre da unidade não quis que cada um orasse sozinho e em particular, como rezando para si só. Não dizemos: “Meu Pai que estais nos céus”, nem “Meu pão dai-me hoje”, nem se pede só para si o perdão da dívida de cada um ou que não caia em tentação e seja livre do mal, rogando cada um só para si. 

Nossa oração é pública e universal e quando oramos não o fazemos para um só, mas para o povo todo, já que todo o povo forma uma só coisa.

“O Deus da paz e Mestre da Concórdia, que ensinou a unidade, quis que assim orássemos: um por todos, da mesma forma que ele carregou a todos como um só.....Do mesmo modo vemos orar os apóstolos e os discípulos, depois da ascensão do Senhor: “Eram perseverantes, todos unânimes na oração com as mulheres e Maria, a mãe de Jesus e seus irmãos”....

"De alcance prodigioso, irmãos diletíssimos, são os mistérios da oração dominical! Mistérios numerosos, profundos, enfeixados em poucas palavras, porém, ricas em força espiritual, encerrando tudo o que nos importa alcançar! Rezai assim:, diz ele: “Pai nosso, que estais nos céus”.

“O homem novo, renascido e, por graça restituído a seu Deus, diz, em primeiro lugar, Pai, porque já começou a ser filho. “Veio ao que era seu e os seus não o receberam. A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, àqueles que crêem em seu nome”.

Quem portanto crê em seu nome e se fez filho de Deus, deve começar por aqui, isto é, dar graças e confessar-se filho de Deus ao declarar ser Deus o seu Pai dos céus”.
 
Deve também fazer o que Jesus pediu neste Evangelho dominical: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
Reconhecer Jesus como o “Cristo de Deus” tem as suas exigências, mas também a sua glória.

Dará luz para saber como agir, por exemplo, em relação à justiça. Seguir os ensinamentos de Jesus também aí, evitando meios violentos para obter coisas justas e boas: "Deus Pai sabe do que temos necessidade". 
 Todo movimento deveria ser "movimento de paz", "movimento da não-violência". Mesmo não cristãos, ou não católicos, inspirados por Cristo, seguiram esse caminho (por exemplo Gandhi, Martin Luther King, etc).

Uma boa semana a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário