sábado, 24 de fevereiro de 2018

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO E JEJUM PELA PAZ


Queridos Irmãos e Irmãs

"Se vos converterdes, o mundo terá Paz" (Nossa Senhora aos Pastorinhos em Fátima)

Ontem, 23 de fevereiro foi o dia de oração e jejum pela paz no mundo à pedido do Papa Francisco.
Depois da oração das Vésperas  o  Senhor nos deu uma promessa de Paz através de um pequeno sinal – o Arco-Íris duplo. Todo pedido pela Paz é bem aceito por Deus e certamente os frutos chegarão a seu tempo.  Se a oração pela paz se prolongar em todos os dias do Ano e não só num dia, os frutos serão maiores e poderemos ver sinais de paz na família, em cada cidade, em cada Estado e em cada Pais do mundo. Oração feita por todos, velhos, jovens e crianças, de qualquer raça ou nação e de qualquer religião. Será como um arco-íris envolvendo todo o globo. 

O Senhor deu à Noé um sinal de aliança e uma promessa: nunca mais destruirei o mundo pelo dilúvio. E apareceu no Céu o Arco-Íris. Ele continua fazendo aliança com suas criaturas. Ele é sempre fiel mas o homem nem sempre o é, daí as guerras, violência e destruição. Mas há sempre uma esperança de Paz:  "Se vos converterdes o mundo terá Paz" disse Nossa Senhora nas aparições em Fátima. E o pedido sempre repetido nas Escrituras: Se cumprirdes os meus mandamentos sereis felizes.

 Vão algumas fotos do arco-íris visto do claustro do nosso Carmelo ontem:



E como ponto para reflexão, transcrevemos a 2ª Leitura do Ofício das Leituras de ontem. Leia com vagar e verá como é atual para nossos tempos:


Segunda leitura
Da Constituição pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II
(N.9-10) (Séc.XX)

As interrogações mais profundas do gênero humano
O mundo moderno apresenta-se simultaneamente poderoso e fraco, capaz do melhor e do pior; abre-se diante dele o caminho da liberdade ou da escravidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade e do ódio. Por outro lado, o homem toma consciência de que depende dele a boa orientação das forças por ele despertadas e que podem oprimi-lo ou servi-lo. Eis por que se interroga a si mesmo.
Na verdade, os desequilíbrios que atormentam o mundo moderno estão ligados a um desequilíbrio mais profundo, que se enraíza no coração do homem.
No íntimo do próprio homem, muitos elementos lutam entre si. De um lado, ele experimenta, como criatura, suas múltiplas limitações; por outro, sente-se ilimitado em seus desejos e chamado a uma vida superior.
Atraído por muitas solicitações, é continuamente obrigado a escolher e a renunciar. Mais ainda: fraco e pecador, faz muitas vezes o que não quer e não faz o que desejaria. Em suma, é em si mesmo que o homem sofre a divisão que dá origem a tantas e tão grandes discórdias na sociedade.
Muitos, sem dúvida, que levam uma vida impregnada de materialismo prático, não podem ter uma clara percepção desta situação dramática; ou, oprimidos pela miséria, sentem-se incapazes de prestar-lhe atenção. Outros, em grande número, julgam encontrar satisfação nas diversas interpretações da realidade que lhes são propostas.
Alguns, porém, esperam unicamente do esforço humano a verdadeira e plena libertação da humanidade, e estão persuadidos de que o futuro domínio do homem sobre a terra dará satisfação a todos os desejos de seu coração.
Não faltam também os que, desesperando de encontrar o sentido da vida, louvam a audácia daqueles que, julgando a existência humana vazia de qualquer significado próprio, se esforçam por encontrar todo o seu valor apoiando-se apenas no próprio esforço.
Contudo, diante da atual evolução do mundo, cresce o número daqueles que formulam as questões mais fundamentais ou as percebem com nova acuidade. Que é o homem? Qual é o sentido do sofrimento, do mal e da morte que, apesar de tão grandes progressos, continuam a existir? Para que servem semelhantes vitórias, conseguidas a tanto custo? Que pode o homem dar à sociedade e dela esperar? Que haverá depois desta vida terrestre?
A Igreja, porém, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todo o gênero humano, oferece ao homem, pelo Espírito Santo, luz e forças que lhe permitirão corresponder à sua vocação suprema; ela crê que não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possam ser salvos.
Crê igualmente que a chave, o centro e o fim de toda a história humana encontra-se em seu Senhor e Mestre.
A Igreja afirma, além disso, que, subjacente a todas as transformações, permanecem imutáveis muitas coisas que têm seu fundamento último em Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre.




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