sábado, 2 de setembro de 2017

A ORAÇÃO EM SANTA TERESINHA

Queridos irmãos e irmãs

Hoje gostaria de partilhar com vocês um texto sobre a oração em Santa Teresinha, do livro Retiro com Santa Teresinha do Menino Jesus, do Pe. Liagre.

Ele diz que Santa Teresinha não tem um método de oração e nem o ensina. A oração deve ultrapassar qualquer método. A oração deve ser a submissão sincera da alma à ação de Deus, isto é, ao Amor Infinito; a entrega a Ele com toda a humildade e com toda a confiança.....

A verdadeira maneira de começar a oração deveria ser um ato de fé firme, vigoroso e vivo no Amor de Deus por nossa alma miserável, com o desejo de aprender d'Ele como corresponder a esse Amor.
Ela seguiu certamente em sua oração as inspirações da sua Mãe e Mestra Santa Teresa de Jesus que simplesmente define a oração como "um trato de amizade entre a alma e Deus" e disse também: "A oração não consiste em pensar muito mas em amar muito"

Na verdade Santa Teresinha não nos fala da oração mas pelos seus escritos aprendemos que sua oração foi sua vida de amor, de caridade fraterna, além de seguir na obediência quotidiana tudo o que deve fazer uma carmelita. "A oração, a contemplação de Teresinha, sem dúvida, foi, antes de tudo uma oração de amor". Ela nos fala de suas distrações, sonolências: "Eu deveria atribuir as securas ao meu pouco fervor e fidelidade. Deveria ficar desolada por dormir tão frequentemente durante minhas orações e ações de graças. Pois bem! Não me desolo! Penso que as criancinhas agradam a seus pais, quando dormem, como quando estão acordadas; penso que o Senhor vê nossa fragilidade e lembra-se de que somos pó (Sl 102, 14). E diz ainda: "Em minhas relações com Jesus, nada: secura, sono! Já que meu Bem-Amado quer dormir, não O impedirei. Alegro-me por ver que Ele não me trata como estranha, que não faz cerimônias comigo. Pois asseguro-vos que Ele não se preocupa em manter conversa comigo".

No entanto ela disse "Não encontro nada nos livros, o Evangelho me basta!" Olhava Jesus Cristo e O escutava nessa atitude de fé, de humildade, de adoração e de desejo. Por esse olhar simples deixava imprimir em sua alma o que o Evangelho lhe dissera das ações e palavras de Jesus. Procurava somente o Amor e descobria, assim, além da letra evangélica o espírito da vida que aí se encontra....Deus revelava-se cada vez mais a ela como seu Pai infinitamente amoroso. Deixava-se levar pelo desejo de amá-Lo; aprendia e via em Jesus como se ama a Deus e como, pobre criancinha, ela poderia e deveria amá-lo.

O Pe. Liagre cita ainda o Pe. Petitot: "Ou se faz oração o dia todo, ou não se faz absolutamente oração" - o que quer dizer: uma alma que durante o dia não está habitualmente recolhida, poderá fazer o que chama sua meditação.....mas na realidade ela não fará oração, no verdadeiro sentido da palavra.

Sua maneira tão simples de se pôr em oração por meio do Evangelho, só pode ser compreendida, só é acessível por seu recolhimento habitual. Esse recolhimento é um estar habitualmente na presença de Deus, é a vida da nossa alma que não vive senão de amor. Sua oração era sua vida. Seu desejo de agradar em tudo a Nosso Senhor. Terminamos com uma frase sua: digo a Jesus "Atraí-me"...e sei que se Ele me atrair atrairá também todos os que eu amo e que estão no meu coração".

Uma boa semana a todos!

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