Queridos irmãos e irmãs
Partilho uma pequena reflexão com vocês:
O espaço que Deus encontrou para manifestar a sua humildade:
1. A
natureza humana – Ele se encarnou,
Encontrou suas delícias em
estar com os filhos dos homens.
Assumiu a nossa condição
humana, aceitou em si as leis da humanidade – a fragilidade de uma criança, em
tudo dependente de seus pais ou dos adultos.
Falando dos bens materiais,
assumiu a pobreza, nascendo numa gruta, sendo colocado numa manjedoura, sem
nenhum conforto a não ser os braços amorosos de sua Mãe, e o carinho de seu pai
adotivo.
Eis o NATAL!
2. Na
sua vida adulta, como diz São Paulo: “fez-se obediente até a morte e morte de
Cruz”.
E como diz São João: “Tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Materialmente falando,” não
tinha onde reclinar a cabeça”.
Reclinou-a numa pedra, no
monte do Getsemani, dizendo o seu FIAT à
vontade de seu amado Pai.
Aceitou então todos os
trabalhos da Paixão: as humilhações mais dolorosas, foi esbofeteado, cuspido,
flagelado, coroado de espinhos, despido,
e finalmente, encostou sua sagrada cabeça no lenho da Cruz. Entregou
seus membros para serem transpassados. De seus lábios saíram sete palavras
divinas. Doou o paraíso a um ladrão, entregou-nos sua Mãe, pediu ao Pai que
perdoasse o que estavam fazendo com Ele, manifestou a sua sede, mais de almas
do que de água, sentiu o mais terrível dos sofrimentos – sentiu-se abandonado
pelo seu Deus-Pai, mas não perdeu a confiança e a Ele entregou o seu Espírito,
que Ele bem sabia que lhe seria restituído após 3 dias.
EIS O MISTÉRIO DA NOSSA REDENÇÃO!
Que iniciou no mistério da
Encarnação.
3. Mas
não parou aí.
Encontrou ainda um outro
espaço onde ocultar-se para melhor estar conosco:
O trigo, triturado, amassado, cozido, transformado em pão, e a
uva espremida, transformada em vinho.
Não poderia encontrar
elementos mais simples, mais quotidianos, elementos que são alimentos para o corpo e que Ele
transformou, transubstanciou, e tornou alimentos
para nutrir a nossa alma.
De uma maneira muito simples,
pobre, poderia ficar sempre conosco, no Sacrário ou ainda melhor, no nosso
coração – sacrário que Ele mais ama.
EIS O MISTÉRIO DA EUCARISTIA!
Que não poderia ter acontecido
sem os outros dois mistérios – Encarnação e Redenção.
Aprendamos com Jesus a sermos humildes, pobres,
plenamente unidos à Vontade de Deus, encontrando nossa perfeição em
reconhecermos nossas imperfeições, limitações, incapacidades e deficiências, e
entregando-as amorosamente nas mãos do Pai, neste Natal e em cada dia do
próximo ano.
“Eu
vi brilhar a estrela luminosa
Que me indicava o berço do meu
Rei,
E na noite calma e misteriosa
Ela parecia se orientar para mim.
Depois ouvi, cheia de encanto
A voz do Anjo que me disse:
“Recolhe-te...
É
em tua alma
Que
o mistério se cumpriu.
Jesus
esplendor do Pai,
Em
ti se encarnou.
Com
a Virgem Mãe
Estreita
o teu Bem-Amado,
Ele
é teu”
(Santa
Elisabete da Trindade
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