Queridos irmãos e irmãs
Nesta semana queremos compartilhar essa belíssima reflexão do "Pseudo-Crisóstomo" do Ofício das Leituras de 6ª feira passada.
"A
oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável, porque nos põe em
comunhão íntima com Deus. Assim como os olhos do corpo são iluminados quando
recebem a luz, a alma que se eleva para Deus é iluminada por sua luz
inefável. Falo da oração que não é só uma atitude exterior, mas que provém
do coração e não se limita a ocasiões ou horas determinadas, prolongando-se
dia e noite, sem interrupção.
Com
efeito, não devemos orientar o pensamento para Deus apenas quando nos
aplicamos à oração; também no meio das mais variadas tarefas - como o
cuidado dos pobres, as obras úteis de misericórdia ou quaisquer outros
serviços do próximo - é preciso conservar sempre vivos o desejo e a
lembrança de Deus. E assim, todas as nossas obras, temperadas com o sal do
amor de Deus, se tornarão um alimento dulcíssimo para o Senhor do universo.
Podemos, entretanto, gozar continuamente em nossa vida do bem que resulta da
oração, se lhe dedicarmos todo o tempo que nos for possível.

A
oração é venerável mensageira que nos leva à presença de Deus, alegra a
alma e tranquiliza o coração. Não penses que essa oração se reduza a
palavras. Ela é desejo de Deus, amor inexprimível que não provém dos homens,
mas é efeito da graça divina, como diz o Apóstolo:
Nós
não sabemos o que devemos pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que
intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis
(Rm 8,26).
Semelhante oração, quando o Senhor a concede a alguém, é uma riqueza que não
lhe pode ser tirada e um alimento celeste que sacia a alma. Quem a
experimentou inflama-se do desejo eterno de Deus, como que de um fogo
devorador quê abrasa o coração.

Um bom domingo a todos!