Queridos irmãos e irmãs
Concluindo o que foi
transcrito sobre a 1ª virtude para uma vida de oração – a caridade fraterna, consideremos
o que ela narra no Livro da Vida (24,6): Depois de uma graça que o Senhor lhe
concedeu, sentiu-se liberta de apegos afetivos e disse: “Nunca mais consegui
permanecer em amizades nem ter consolo nem afeição particular senão por pessoas
que, pelo que percebo, amam a Deus e procuram servi-Lo”.
Resumindo: O amor sensível é sentimental, fixa
o olhar em valores medíocres, de mera aparência, caducos. É o amor efêmero,
exposto aos vaivéns da vida. Enquanto que o amor puro, espiritual, ama a pessoa
pelo que ela é e por seus valores estáveis, capazes de alicerçar um amor
eterno, não exposto às ondas do quotidiano. É um amor que dignifica as pessoas
que o possuem, como já foi visto na semana passada (C.P.6,4).
E termina aconselhando suas filhas: “Desejo
que se queiram e se amem ternamente e com prazer, mesmo que não seja com tanta
perfeição como o amor de que estou falando (amor puro, espiritual): que não
haja ponto de discórdia”. (CP 11,11).
Teresa está convencida de que
só chegaremos a praticar com perfeição esse preceito se o amor do próximo tiver
como raiz o amor de Deus (5M 3,9).
“Aqueles que de fato amam a
Deus, tudo o que é bom amam, desejam tudo o que é bom, estimulam tudo o que é
bom, louvam tudo o que é bom. Aos bons se unem sempre, favorecendo-os e
defendendo-os; não amam senão a verdade e as coisas verdadeiramente dignas de
amor. Pensais que quem ama genuinamente a Deus possa amar vaidades? Não,
tampouco pode amar riquezas, coisas do mundo, deleites, honras ou ter contendas
e invejas. Tudo porque não pretendem outra coisa senão contentar o Amado (C.P.
40,3).
Uma boa semana a todos.
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