sábado, 11 de outubro de 2014

AINDA SOBRE A PRIMEIRA EXIGÊNCIA PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO



Queridos irmãos e irmãs

Concluindo o que foi transcrito sobre a 1ª virtude para uma vida de oração – a caridade fraterna, consideremos o que ela narra no Livro da Vida (24,6): Depois de uma graça que o Senhor lhe concedeu, sentiu-se liberta de apegos afetivos e disse: “Nunca mais consegui permanecer em amizades nem ter consolo nem afeição particular senão por pessoas que, pelo que percebo, amam a Deus e procuram servi-Lo”.

 Resumindo: O amor sensível é sentimental, fixa o olhar em valores medíocres, de mera aparência, caducos. É o amor efêmero, exposto aos vaivéns da vida. Enquanto que o amor puro, espiritual, ama a pessoa pelo que ela é e por seus valores estáveis, capazes de alicerçar um amor eterno, não exposto às ondas do quotidiano. É um amor que dignifica as pessoas que o possuem, como já foi visto na semana passada (C.P.6,4).

 E termina aconselhando suas filhas: “Desejo que se queiram e se amem ternamente e com prazer, mesmo que não seja com tanta perfeição como o amor de que estou falando (amor puro, espiritual): que não haja ponto de discórdia”. (CP 11,11).

Teresa está convencida de que só chegaremos a praticar com perfeição esse preceito se o amor do próximo tiver como raiz o amor de Deus (5M 3,9).


“Aqueles que de fato amam a Deus, tudo o que é bom amam, desejam tudo o que é bom, estimulam tudo o que é bom, louvam tudo o que é bom. Aos bons se unem sempre, favorecendo-os e defendendo-os; não amam senão a verdade e as coisas verdadeiramente dignas de amor. Pensais que quem ama genuinamente a Deus possa amar vaidades? Não, tampouco pode amar riquezas, coisas do mundo, deleites, honras ou ter contendas e invejas. Tudo porque não pretendem outra coisa senão contentar o Amado (C.P. 40,3).


Uma boa semana a todos.

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