QUERIDOS
IRMÃOS E IRMÃS
Aqui estamos
novamente para a nossa partilha da Palavra.
Iniciamos o
Tempo do Advento, novo ano litúrgico, novo tempo de graça que nos é
proporcionado por Deus Pai. Tempo de clamar: Vem Senhor Jesus! Tempo de dar
graças pelo mistério da Encarnação que se renova a cada Ano, e pela expectativa
da vinda final de Cristo nos últimos tempos.
Na
sexta-feira desta semana o Ofício das Leituras nos propôs na 2ª leitura um
trecho do Bispo e Mártir São Cipriano que viveu no século III.
Partilho-a
convosco. Vale a pena!
Superemos o pavor da morte com o pensamento da imortalidade
Lembremo-nos
de que devemos fazer a vontade de Deus e não a nossa, de acordo com a oração
que o Senhor ordenou ser rezada diariamente. Que coisa mais fora de propósito,
mais absurda: pedimos que a vontade de Deus seja feita e quando ele nos chama e
nos convida a deixar este mundo, não obedecemos logo à sua ordem!
Resistimos, relutamos e, quais
escravos rebeldes, somos levados cheios de tristeza à presença de Deus, saindo
daqui constrangidos pela necessidade, não por vontade dócil. E ainda queremos
ser honrados com os prêmios celestes a que chegamos de má vontade. Por que
então oramos e pedimos que venha o reino dos céus se o cativeiro terreno nos
encanta? .....
Se o mundo odeia o cristão, por que
tu o amas, a ele que te aborrece, e não preferes seguir a Cristo que te remiu e
te ama?
João em sua carta clama, fala e
exorta a que não amemos o mundo, deixando-nos levar pelos desejos da carne: “Não ameis o mundo nem o que é do mundo. Quem
ama o mundo não tem em si a caridade do Pai; porque tudo quanto é do mundo é
concupiscência dos olhos e ambição temporal. O mundo passará e sua
concupiscência; quem porém, fizer a vontade de Deus, permanecerá eternamente
(1Jo 2,15-17).
Ao contrário, tenhamos antes, irmãos
diletos, íntegro entendimento, fé firme, virtude sólida, preparados para
qualquer desígnio de Deus. Repelido o pavor da morte, pensemos na imortalidade
que se lhe seguirá. Com isso manifestamos ser aquilo que acreditamos.
Irmãos caríssimos, importa meditar e
pensar amiúde em que já renunciamos ao mundo e vivemos aqui provisoriamente
como peregrinos e hóspedes.
Abracemos o dia que designará a cada
um a sua morada, restituindo-nos ao paraíso e ao reino, uma vez arrebatados
daqui e quebrados os laços terrenos.
Qual o peregrino que não se apressa
em voltar à pátria?
Nossa pátria é o paraíso.
O grande número de nossos queridos
ali nos espera: pais, irmãos, filhos...Deseja estar conosco para sempre a
grande multidão já segura de sua salvação, ainda solícita pela nossa.
Quanta alegria para eles e para nós
chegarmos nós até eles e a seu abraço!
Que
prazer estar ali, no reino celeste, sem medo da morte, tendo a vida para
sempre! Que imensa e inesgotável felicidade!
Lá, o glorioso coro dos apóstolos; lá
o exultante grupo dos profetas; lá o incontável povo dos mártires coroados de
glória e de triunfo pelos combates e sofrimentos; lá as virgens vitoriosas, que
pelo vigor da continência corporal subjugaram a concupiscência da carne: lá
remunerados os misericordiosos, que pelos alimentos e liberalidades aos pobres
fizeram obras de justiça, e, observando o preceito do Senhor, transferiram seu
patrimônio terreno para os tesouros celestes.
Para lá, irmãos caríssimos, corramos
com ávida sofreguidão. Que Deus considere este nosso modo de pensar! Que Cristo
olhe este propósito do espírito e da fé! Os maiores prêmios de sua caridade, Ele
os dará àquele, cujos desejos forem intensos”.
Queridos
irmãos, espero que tenham gostado dessa reflexão que nos faz sentir numa grande
família (os que já partiram, os que aqui estão, e os que se purificam no
purgatório). E que nos aponta a nossa morada eterna, aquela que pedimos quando
rezamos: VEM, SENHOR JESUS! VENHA O VOSSO REINO! SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU!
Uma boa
semana a todos!
Obs. Na
página “Eventos” algumas notícias.