SENHOR, MOSTRA-NOS O PAI!

“SENHOR, MOSTRA-NOS O PAI E ISTO NOS BASTA!”

Queridos irmãos e irmãs

O evangelho nesta semana continua nos apresentando o diálogo entre Jesus e os discípulos. Continuam as perguntas e as respostas. O anúncio da Boa Nova continua nos instigando a fazer uma opção: CONTRA OU COM JESUS.

Jesus nos preparou para a sua paixão, morte e ressurreição. Prepara-nos também para receber o Espírito Santo, o Paráclito.

Ao mesmo tempo em que no evangelho desta semana notamos essa preparação, na primeira leitura continua sendo apresentado os Atos dos Apóstolos. Ou seja, o fruto da recepção do Espírito Santo: o anúncio entusiasmado e alegre da Boa Nova que Jesus nos trouxe. Primeiro Pedro, depois Paulo, Barnabé e outros anunciando às nações o Projeto de Deus para seus filhos. E também as conseqüências desse anúncio: alguns acolhem, aceitam, tornam-se também discípulos missionários; outros rejeitam, condenam, perseguem a nova doutrina. Diante da Palavra somos convidados a uma escolha. Nada é imposto. Somos livres.

Amanhã na santa Missa, o Salmo Responsorial (144) fala-nos dos atributos de Deus: amor, paciência, compaixão, misericórdia e piedade, bondade e ternura: “O Senhor é muito bom para com todos, Sua ternura abraça toda criatura!”. É todo ele um convite ao louvor, e a missão: “Que os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder...espalhar vossos prodígios entre os homens!”

Na 2ª leitura (Apc 21,1-5) é anunciado por João o projeto de Deus: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes...Eis que eu faço novas toda as coisas!”.

Através do amor este céu já pode começar na terra: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23 – 2ªfeira).

Quando Jesus fala do Pai, Filipe se entusiasma e lhe pergunta: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isto nos basta!” (Jo 14,8). E a resposta simples de Jesus: “Quem me vê, vê também o Pai...Será que você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” .

Vê como já podemos começar na terra o nosso céu? Basta permanecer unido a Jesus e fazer o que Ele nos manda:  “Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo, 13, 33). Agora só nos resta arregaçar as mangas e começar...pela nossa casa.

Boa semana!

A FELICIDADE DE SENTIR-SE AMADO

A FELICIDADE DE SENTIR-SE AMADO...e de amar

Queridos Irmãos e Irmãs

Esta semana não vou escrever muito, apenas partilhar uma foto que me impressionou.

Foi publicada no Jornal do Vaticano (L’Osservatore Romano) pág. 8/9.

 

O que me impressionou?

A expressão de felicidade daquele homem que recebeu um beijo do Papa Francisco.

Na verdade para mim, o Papa foi apenas um intermediário, a imagem de Deus Pai que se inclina sobre a sua criatura, a mais frágil, a mais débil, talvez a mais excluída, e a beija com ternura. Acolhe, abraça. E neste gesto diz: Eu te amo, você é importante para mim. Por ti enviei meu Filho unigênito!

E esta outra foto:

Somos nós que nos “agarramos a Deus” representado pelo Papa e Lhe dizemos: Nós Te amamos, precisamos de Ti. Fica conosco! É a fome e sede de tocar e ser tocado por Deus Pai!

Isso pode ser visto em inúmeras outras fotos do Papa no meio de seu povo. Tanto do Papa atual como dos seus antecessores.

 

Demos graças a Deus pelo seu imenso amor por nós! Amor que transborda para suas criaturas através dos seus representantes. Deus também quer servir-se de nós, pobres criaturas, para também sermos canais desse imenso amor. Não nos recusemos. Quanto mais amarmos, mais nos sentiremos amados por Deus e pelo próximo. Esta é a felicidade que ninguém nos poderá tirar!

Domingo próximo é o domingo do Bom Pastor e o Dia mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosa. Rezemos.

Termino com a belíssima oração do ofício e missa da 5ª feira passada:

“ Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir de perto o vosso amor paterno, para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a LUZ DA VERDADE”

Boa semana a todos!

TU ME AMAS?

TU ME AMAS?

Nesta próxima semana Jesus nos interpela. Faz algumas perguntas e responde algumas questões.

Vamos ver:

No evangelho da sexta-feira (Jo 6,1-15), pergunta a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Referia-se à multidão que o seguia. E acontece o milagre da partilha e multiplicação dos 5 pães e 2 peixes...

No evangelho de amanhã,  3º domingo da Páscoa (Jo 21,1-19), Ele pergunta:

“Jovens, tendes alguma coisa para comer?”  E acontece a pesca milagrosa. 153 grandes peixes! E, na praia, Jesus prepara uma refeição para seus amigos. Come com eles.

 

    Depois conversando com Pedro, por 3 vezes lhe pergunta? Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?... Tu me amas?... Tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas!

Depois da multiplicação dos pães, Jesus começa a falar sobre o alimento que o Filho do Homem dará. E eles perguntam a Jesus:

“Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”

“A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou” (Jo  6, 22-29).

Durante todo o capítulo 6, S. João narra o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida:

“Pois  esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6,40)

“ Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê possui a vida eterna” (Jo 6,47)

Depois que Ele fez o discurso na sinagoga em Cafarnaum,  sobre o Pão verdadeiro que é a Sua carne dada para a vida do mundo, e prometeu que quem dele come, nunca morrerá, portanto viverá eternamente (Jo 6, 48-51) e em seguida (Jo 6,52-59): “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele...O que me come viverá por causa de mim...viverá para sempre...” muitos dos discípulos que o escutaram disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” (Jo 6, 60)

Jesus sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, perguntou:

                               “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não crêem”....

A partir daquele momento muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com Ele.

Então Jesus disse aos doze: “Também vós quereis ir embora?” (Jo 6, 67)

Pedro responde: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”

Refletindo sobre esses textos, sobre aquela pergunta que lhe fizeram: Que devemos fazer para realizar as obras  de Deus? A resposta de Jesus: "A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou"

Refletindo nas perguntas e respostas de Jesus. Nas perguntas e respostas dos discípulos, concluí que discípulo é aquele que:

                Crendo, amou

                Amando, O seguiu,

                Seguindo-O, escutou.

                Escutando, praticou.

                Praticando realizou as obras de Deus

Quem O conhece, acredita. Quem acredita Ama. Quem Ama faz o que Ele pediu:

                Nutre-se de Sua Palavra

                Nutre-se de Seu Corpo e Sangue

Assim nutrido, Jesus permanece nele e ele em Jesus. Assim unidos. Jesus pode continuar neles a Sua Obra – Revelar o Pai. O Pai que Ama. O Pai que Salva. O Pai que dá a vida eterna...para sempre,  sempre...

                TU ME AMAS?

TU O AMAS?    SEGUE-O!

Boa semana a todos!

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

Haveria muita coisa para dizer-vos sobre como alguns dos nossos santos carmelitas viveram e entenderam esse atributo de Deus: A misericórdia:  Santa Teresa de Jesus que desejava intensamente a vida nas alturas celestes onde cantaria eternamente as misericórdias do Senhor. Aliás todos os seus escritos são um hino de louvor a Misericórdia Divina.

Santa Teresinha do Menino Jesus, acompanhou a fundadora do Carmelo, pois os manuscritos que deixou escrito também narram as misericórdias do Senhor na sua curta existência. Num tempo em que se falava muito da “vingança divina” ela levanta a bandeira da Misericórdia, e fez um maravilhoso oferecimento de sua vida à divina misericórdia, que podemos encontrar nos seus escritos.

Em outros santos que a Igreja nos apresenta como modelo também muito se fala desse atributo, especialmente Santa Faustina, com reflexões belíssimas do que compreendeu sobre a misericórdia divina e que o Senhor lhe comunicou.

 Por exemplo: “Jesus disse a irmã Faustina: “Abri meu Coração como fonte viva de misericórdia, que se aproximem desse mar de misericórdia com grande confiança. Os pecadores alcançarão justificação, e os justos serão confirmados no bem. Ao  que confiou na Minha misericórdia, derramarei na hora da morte a Minha divina paz na sua alma! (Diário de Santa Faustina).

Mas gostaria de concluir transcrevendo a oração do Papa João Paulo II pedindo a misericórdia (Divis in misericórdia):

“Oh Deus, que não desprezais nada do que criastes. Que sois fiel a vós próprio, a vossa paternidade e ao vosso amor. Vós que como uma mãe acompanhais cada um de vossos filhos, cada ovelha desgarrada. Ainda que a humanidade mereça por seus pecados, um novo dilúvio, derrama sobre nós a vossa misericórdia, vosso amor materno-paterno. Guiados pela fé, esperança e caridade que Cristo implantou em nossos corações, clamamos com Cristo na Cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Em nome de Jesus Cristo crucificado e ressuscitado e no espírito de sua missão messiânica, nós elevamos as nossas vozes e as nossas súplicas para que se manifeste uma vez mais, nesta fase da história, o Amor que está no Pai; para que pela ação do Filho e do Espírito Santo, tal amor manifeste no nosso mundo contemporâneo essa sua presença, mais forte do que o mal, mais forte do que o pecado e do que a morte. E pedimos isto por intercessão daquela que não cessa de proclamar “a misericórdia de geração em geração” e também pela intercessão daqueles que já alcançaram a misericórdia porque foram misericordiosos. Por maior que seja a  negação de Deus no mundo, não deixeis de manifestar a Vossa misericórdia Divina e Grandíssima. Amém”

Queridos irmãos, sejamos misericordiosos para que um dia alcancemos misericórdia.

Sejamos testemunhas das maravilhas da nossa fé! Até a próxima semana, se Deus quiser!

CRISTO É O ÚNICO SALVADOR DOS HOMENS

CRISTO É O ÚNICO SALVADOR DOS HOMENS

Queridos irmãos e irmãs

A sagrada liturgia nesta Oitava da Páscoa nos oferece textos esplendidos sobre Cristo Ressuscitado, a nova vida reservada às criaturas (liberta das limitações da matéria, espaço, tempo), e o que Cristo espera de nós, seus discípulos.

Sobre as reações de seus apóstolos e discípulos à sua Paixão, Morte e Ressurreição Jesus diz:

Aos discípulos de Emaus: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória? E começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele” (Lc 24, 25-27).

Em Jerusalém, aos discípulos reunidos: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho!.....São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.” (Lc 24, 38.44).

Em Marcos 16, 9-15, o evangelista faz um resumo dos fatos ocorridos desde a ressurreição e conclui: “Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.”

À Tomé, oito dias depois: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”...”Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto”! (Jo 20, 27.29).

E o que Jesus pede aos que testemunharam sua ressurreição?

Às mulheres que foram ao sepulcro: “Alegrai-vos!...Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão” (Mt 28, 8-10).

`A Maria Madalena: “Mulher, por que choras? A quem procuras?...Então Jesus disse: Maria!.....Mas vai dizer aos meus irmãos: Subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (Jo, 20-11-18)

Os discípulos de Emaus, depois de o terem reconhecido ao partir o pão, se levantaram e voltaram para Jerusalém e confirmaram: Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” (Lc 24, 13-35)

No evangelista João: “A Paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”...”Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20, 21-23).

 

Aos discípulos reunidos em Jerusalém: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24, 46-48).

O Evangelista Marcos narra: “E Jesus disse-lhes: Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15)

“Estas coisas foram escritas para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20,31).

 

Na primeira leitura (Atos dos Apóstolos) que se leu durante a semana também há ensinamentos preciosos sobre Cristo Ressuscitado. O testemunho de Pedro e dos Apóstolos. Só vou referir três:

“Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o da morte, porque não era possível que ela o dominasse” (At 2,24)...Disto todos nós somos testemunhas (At 2,32) (At 3,15).

“Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos” (At 4,12).

“Quanto a nós, não podemos calar sobre o que vimos e ouvimos! (resposta de Pedro aos chefes dos sacerdotes que não queriam que eles continuassem falando no nome de Jesus) (At 4, 21).

Amanhã, Domingo da Divina Misericórdia, se Deus quiser, editaremos algo sobre a Misericórdia.